Livro Centenário | PT

Fabrica Cerâmica de Valadares

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«» Nós eramos muito transversais, fazíamos todo o processo. Comprávamos as matérias-primas para as transformar e fazer as peças. Mas também fazíamos as ferramentas, fazíamos os cunhos das prensas, tínhamos uma oficina de serralharia onde trabalhavam lá trinta a trinta e cinco pessoas, que apoiavam o resto da fábrica.

A 17 de Julho de 1959 a Fábrica de Cerâmica de Valadares inicia a sua extensão de território com o requerimento feito à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, pedindo que lhe concedesse licença para construção, pelo prazo de 12 meses, na mesma freguesia. Esse pedido de construção diz respeito ao projeto de ampliação das suas instalações fabris, pretendendo a Fábrica de Cerâmica Valadares levar a efeito a construção de uma nova unidade, a “Fábrica do Sanitário” .

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Na implantação desta nova unidade, condicionada a um terreno existente e por si exíguo para a série de novas instalações a construir futuramente e a apresentar dentro em bréve à aprovação dessa Exma. Câmara, achou-se por bem o recuo de parte da fachada poente dada a necessidade de facilitar a manobra de carga e descarga de materiais a conduzir por veículos que penetrarão no corpo destinado "armazém de louças" atravéz de cais de encôsto, recuo êsse da ordem dos 2,50mt., a partir do actual alinhamento. A norte, dado o desconhecimento de novos alinhamentos para uma artéria pela qual o trânsito era nulo, e baseados numa planta topográfica já pouco recente (1956), data em que se iniciou contactos com firmas estrangeiras especializadas na montagem de fábricas deste género, começou-se a estruturar a nova unidade baseada nos "esquemas tipo" por elas fornecidos, motivo porque no Projecto agora apresentado se ocupou, até ao limite do actual alinhamento, o terreno onde se pretende instalar a nova "Fábrica de Sanitário".

Arquivo Municipal Sophia de Mello Breyner Processo POP nº 6464

A estrutura foi o resultado de um estudo que satisfizesse o mais economicamente possível as determinantes de um programa, distribuído conforme indicam as plantas. Neste caso, o pretendido foi conseguido através de materiais com menores cuidados de conservação e de mais fácil mão-de-obra. Assim, verificou-se a vantagem de arrumar de maneira diferente os núcleos que constituem esta nova unidade fabril, sem esquecer os condicionamentos e demais regulamentos considerados na elaboração da memória descritiva do projeto.

Eng. Rocha Ferreira Testemunho Oral

22 • Planta topográfica para a construção da Fábrica do Sanitário. Julho de 1959.

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