Livro Centenário | PT

Fabrica Cerâmica de Valadares

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26 • Interior da Fábrica de Sanitários com as suas linhas

Na sua expansão pelo ramo dos sanitários a empresa veio a construir, em 1978, um novo edifício situado no extremo nascente dos terrenos, sobranceiro à Rua da Cerâmica de Valadares que comportou, através de um projeto desenvolvido por uma empresa francesa, uma instalação integrada destinada ao fabrico exclusivo de sanitários. Inclui, no piso superior uma olaria com capacidade para produção de cerca de 1200 peças diárias, sendo que no piso inferior ficavam situados os restantes equipamentos: escolha em cru, vidragem, forno e escolha final/ armazém. A olaria representou um avanço tecnológico para a época pois já incluía equipamentos semiautomáticos para o fabrico das peças na olaria, diminuindo assim o esforço físico dos operadores. A preparação das barbotinas também foi contemplada com um novo processo de misturas que acabou por alimentar todas as olarias a prazo de 1 ou 2 anos e que ainda hoje se mantém. O forno era aquecido a nafta e tinha 104 metros de comprido. A unidade foi pensada para dispensar o secador de louça (habitual no processo) sendo que as peças “viajavam” colocadas em cestas a partir da olaria, no piso superior, fazendo uma chicana por cima de todo o comprimento do forno e recebendo assim, por radiação, o calor por este emanado fazendo com que as peças chegassem já secas à secção seguinte, a escolha em cru, antes da vidragem. Por sua vez, depois de vidradas, as peças eram novamente colocadas em cestas que faziam o trajeto (sempre junto ao teto) até chegar ao forno. Este processo incluía um sistema automático que, quando houvesse saturação da linha de abastecimento do forno, desviava as peças em excesso para um pulmão aéreo que seria usado na cozedura no fim de semana.

de produção numeradas.

27 • Anúncio da Fábrica Cerâmica de Valadares, SARL. Publicado na revista Arquitectura, #151, Lisboa: 1983.

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