entrevista
N.91
Assumidamente uma marca de jeans e percecionada como
tal, o CEO lança porém um número que muda um pouco o cenário. “Vendemos mais ou menos 50% de outros produtos e esta parte tem crescido bastante”
lagem que está há muitos anos connosco. A grande maioria dos produtos passa por um processo de modelagem apurada, o que não se faz em todas as marcas. Ou seja, coloco tanto cuidado no desenhar de um casaco ou de uma blusa de alças como coloco nuns jeans técnicos, em que podemos precisar de 70 a 80 pro- tótipos até chegar ao modelo final. Estamos sempre a trabalhar com várias ideias, a ver o que pode fazer sen - tido, não pela tecnicidade, mas pelo que o cliente pode procurar, como quer sentir-se, em que momento da vida uns jeans podem entrar. O nosso foco é o que o cliente procura, em termos de benefícios associados à utilização da peça, não de atributos dessa peça. Ao mesmo tempo, estamos sempre a inovar no serviço de loja, continuando a acreditar e a apostar no modelo de venda assistida, que hoje é raro no mer- cado – a maioria das marcas de moda tem modelos de serviço em que os fun - cionários pouco mais fazem do que repor, tirar dúvidas, registar. Mas os nossos passam por um processo profundo de formação sobre as peças para consegui - rem ajudar o cliente no processo de descoberta e de escolha do que é melhor para cada um. Em outubro, lançámos um novo modelo de atendimento, para o qual fomos buscar inspiração fora do sector, nomeadamente, à hotelaria e ao turismo. O storytelling está muito presente, porque acreditamos que as pessoas que vêm às nossas lojas querem ser surpreendidas. Sabemos que, muitas vezes, estabelecem uma relação duradora, de confiança, com as equipas, pelo que va - mos continuar a apostar neste modelo.
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