opinião
N.91
– news, talks, stories, knowledge, events . Há que criar um universo visual e verbal da marca, a partir do novo logótipo. E depois materializá-lo nas plataformas onde habita. Passo 8: desenvolver Manual de Normas Gráficas . Nele explica-se, tintim por tintim , como a nova marca deve ser aplicada e – igualmente importante – como não deve ser aplicada. Em branding , a coerência não é só uma necessi - dade, é uma religião. Cada intervenção desmazelada é uma facada no valor da marca, percecionado e financeiro. Por cada peça mal feita, a marca vale menos. Passo 9: novo projeto gráfico editorial para a revista de papel. É a menina dos olhos do Bruno Farias e da Carina Rodrigues. Foi aqui que tudo começou. Se a revista não absorvesse a nova marca, não havia nova marca. Por isso, desenhámos novas grelhas e criámos layout para miolo e capas. Definimos níveis de prioridade gráfica dos conteúdos e aproveitamento das fotografias. A orientação principal foi deixar a revista respirar . Preencher sem encher. Dar espaço ao espaço em branco. Passo 10: a comunicação . Agora que a GC tem uma nova marca, temos de a dar a conhecer. Criámos uma campanha de imprensa e meios digitais. Parte da seguinte premissa: se a GC dá que pensar, que pensamentos são esses? Cada título de cada anúncio foi criado a partir de um artigo real. Como se alguém se interrogasse depois de o ler. “A inteligência artificial vai criar este anúncio?”, para artigo sobre debate no The Lisbon MBA. “A cibersegurança também segura alimen - tos?” para peça que explica como os hackers podem afetar a cadeia de abastecimento alimentar. Passo 11: criação de capa icónica da revista a assinalar a mudança. Queríamos uma capa one shot que fosse um “hino à Grande Consumo” . Pesquisámos centenas de fotos e imagens, que ajudaram a construir a revista, e fizemos uma colagem para mostrar como a vemos: curiosa, poderosa, linda, mas, sobretudo, profundamente humana. O rebranding será feito de mais passos. Estes 11 são os primeiros. Os outros serão percorridos pela equipa da GC. É na continuidade que a marca verdadeiramente se faz. E de continuidade, a Grande Consumo tem 20 anos de experiên- cia.
indústria, distribuição, logística. Pelo que assumimos que o nome segue a lógica da Grande Lisboa ou Grande Porto. A sua “geografia” abrange mais territórios. GC é também um nome incontornável no mercado. É conhecido, é reputado, é para manter. Além de ter “grande” no nome. Como se disses- se que nasceu para escalar. Passo 4: análise do logótipo , base da identidade visual. O tipo-de-letra é manuscrito. Letras manuscritas são como fotos antigas: toda a gente gosta. São familiares, próximas, afetivas, lembram-nos a infância. Mas a função de um logótipo não é gostar-se . É feito para projetar uma imagem que represente o que a marca é ou quer ser . Olha-se para o logótipo antigo e podia ser de uma marca alimentar. Só que a GC não quer vender produtos bio. Quer fazer reportagens sobre produtos bio. O novo logótipo será, então, o ponto de partida criativo para reposicionar a GC . Queremos que as pessoas olhem para ele e sintam jornalismo , em vez de bolachas Maria ou pizzas. Passo 5: criação do novo logótipo . Deixamos cair o tipo-de-letra antigo. Substituímos por dois. Um para cada palavra do nome. “Grande” ganha uma fonte clássica, serifa- da, elegante. Quando a inclinamos ( itálico ) ganha dinâmica, como se quisesse mover-se. E pomo-la em letras minúsculas, porque o nome diz “grande”. Acentuá-lo seria arrogante. Já a palavra “Consumo” deve expressar a credibilidade do seu jornalismo. Pelo que escolhemos uma fonte sem serifas, contemporânea, em letras maiúsculas, que comunica soli- dez. Mas falta qualquer coisa. Neste caso, duas coisas. Adicio - namos um ponto gráfico que simboliza o ponto de encontro referido no relatório de auditoria. Relembra-nos que a GC cruza profissionais, práticas e pontos de vista. O segundo elemento que falta é a cor . Num mercado inundado por ver- melhos, comuns na categoria do consumo (quer entrar pelos olhos dentro no linear), escolhemos um laranja-ocre, mais característico do jornalismo económico e financeiro. Agora, temos um logótipo onde o design gráfico “respira” jornalismo. E dramatiza a tensão da marca: a procura cons- tante de grandes histórias credíveis. Passo 6: criação de nova assinatura de marca . Era “a revista dos negócios da distribuição”. Agora é “dá que pen - sar”. Passa de strapline (frase que diz o que a marca faz ) para tagline (diz o que a marca promete ). Muda por três razões: primeira, 20 anos depois, o mercado sabe o que a GC faz; segunda, nem é só uma revista, nem é só de distribuição; terceira, o encontro com pessoas e experiências faz-nos pensar e agir, o que potencia a nossa carreira. Nesse sentido, todos os pontos de encontro são pontos de partida. Passo 7: expansão da marca. A GC é hoje um ecossiste- ma. Com várias plataformas – papel, site , newsletter , podcast , redes sociais, WhatsApp – e uma tipologia de conteúdos
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