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N.91
“Quando vejo um tiktoker no Canadá lançar uma receita de uma salada com pepino, que se torna viral, e os pepinos a esgotam na Islândia, isso mostra o poder das redes sociais. Temos também destes fenómenos em Portugal, quando muitos retalhistas veem esgotar repentinamente o stock de produtos que nem suspeitavam que pudessem vender tanto”
das redes sociais. Temos também destes fenómenos em Portu- gal, quando muitos retalhistas veem esgotar repentinamente o stock de produtos que nem suspeitavam que pudessem ven- der tanto. É preciso estar sempre em cima do acontecimento e ajustar, daí a necessidade e a importância da agilidade nas organizações. Inteligência artificial e redes sociais são duas das tendên - cias globais que irão moldar o consumo, nos próximos cinco anos, juntamente com a tecnologia, que também irá continuar a revolucionar os processos e a experiência de compra. O consumidor português será mais digital ou mais híbrido, daqui para frente? Julgo que será um consumidor mais híbrido, sempre com uma grande influência do digital. As lojas físicas continuarão a ter um papel fundamental, já que, em determinadas categorias, é preciso ver e ter contacto com o produto. Inclusivamente, nos estudos que fazemos sobre a Geração Z, observamos que estes consumidores continuam a ir à loja física. Portanto, é impor - tante estar presente em todos estes pontos de contacto. Se tivesse de destacar um grande marco do retalho ou do con- sumo em Portugal de cada uma destas duas décadas, quais seriam? Destacaria a crise de 2008, que mudou o comportamento do consumidor e motivou a adaptação do retalho, influenciando estratégias que se revelaram decisivas e estruturais. E destaca- ria a pandemia, muito marcante na última década, que levou a muitas alterações estruturais e foi um grande catalisador para o mundo como hoje o conhecemos.
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