alimentar
N.91
O olhar da brand manager da Iglo, Vera Lopes, é convergente. Recordando que o grande pico deste mercado se deu entre os anos 2020 e 2022, afirma que, desde 2023, se tem assistido a uma maturação da categoria, com crescimentos mais moderados. “Mas estamos, ainda assim, perante uma categoria que faz cada vez mais parte dos hábitos de consumo de um grande número de pessoas que deseja reduzir o seu con- sumo de carne e inserir mais vegetais na sua alimenta- ção” , evidencia, considerando que preocupações com sustentabilidade e equilíbrio da roda alimen- tar, através de opções que promovem uma dieta rica em produtos de origem vegetal, como grãos, cereais, legumes, verduras, frutas e sementes, “são as principais motivações e tendências que não vão desa- parecer”. Fazer crescer a categoria é, exatamente, o pro - pósito da Bel. Pela voz da marketing manager, Li - liana Parreira, a empresa reconhece o mercado dos alimentos plant-based como uma tendência de consumo real. “Não se trata de alimentos que apelam apenas a consumidores vegan, mas interessam, sim, a uma faixa de consumidores, cada vez maior, que pro- cura reduzir o consumo de alimentos de origem animal, ou que está a fazer uma transição alimentar ”, comenta, enquadrando, neste entendimento, a aposta numa marca dedicada – a Nurishh. Uma marca que tra- duz “um importante passo na expansão e diversificação” do portefólio e a “ambição de fazer crescer a categoria e trazer mais opções aos consumidores que já procuram este tipo de produtos”.
Isso mesmo atesta a brand manager da Izidoro, Inês Silva, afirmando que a marca do Grupo Montalva encara o mercado de alimentos plant-based como uma tendência de consumo sólida e em crescimen- to, reconhecendo que a procura por alternativas à carne é impulsionada por fatores como preocu - pações com a saúde, sustentabilidade ambiental e bem-estar animal, refletindo mudanças profundas nos hábitos alimentares. Recorre aos dados da consultora Lantern para ilustrar este cenário, afirmando que, muito embora se notem sinais de estabilização do movimento veg- gie em mercados mais maduros, a Izidoro continua a identificar espaço para inovação e crescimento. “O mercado plant-based é uma oportunidade estratégica de longo prazo”, sustenta, com esta visão a materia - lizar-se na gama Veggie Lovers, “oferecendo produtos adaptados ao paladar português, mais sustentáveis e com menor impacto ambiental, conquistando consumi- dores que procuram equilíbrio entre sabor, saúde e sus- tentabilidade” . Também a porta-voz da Nestlé, Hélia Duarte, se socorre dos dados do “The Green Revolution Por - tugal 2023” para demonstrar que, atendendo a que 50% dos portugueses procura reduzir o consumo de carne, este é um movimento sustentado por al- terações nos hábitos de consumo e não apenas uma moda passageira. Daí que a empresa percecione o mercado de alimentos plant-based como uma ten- dência de consumo real, suportada por uma evolu- ção consistente e muito positiva ao longo dos últi - mos anos.
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