Dicionário Enciclopédico de Psicanálise da IPA

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especialmente na situação clínica japonesa (ou, quanto a isso, em qualquer configuração psicanalítica) e ser sensível e estar em sintonia com a comunicação não verbal ou indireta tanto do amae "positivo" como do "negativo" , se estes forem conceitualizados como necessidades primárias, esforços pulsionais, mecanismos de defesa ou uma complexa configuração dinâmica de desenvolvimento de todos as características acima. Da mesma forma, a orientação grupal de pacientes japoneses não pode simplesmente ser entendida como falta de limites ou de individuação, como pode parecer simplista na cultura ocidental. Embora devamos a descoberta do conceito de amae ao contexto específico japonês, este pode ser encontrado em graus variados entre as culturas. Dentro dum contexto psicológico grupal, relaciona-se através de modos complexos à necessidade dum indivíduo separado de viver e pertencer a uma determinada configuração grupal. Do ponto de vista do desenvolvimento e clinicamente, enquanto se pode aperceber o eco do apoio constante materno precoce, continência e holding , a dinâmica interativa interna de amae estende- se por toda a vida do indivíduo (Doi, 1989; Freeman, 1998). A contribuição seminal de Doi sobre amae precisa ser apreciada como um conceito japonês de desenvolvimento regional específico e clínico com alcance global, fluência teórica enriquecedora e sensibilidade clínica nas fronteiras geográficas, cultura psicanalítica e condições individuais.

REFERÊNCIAS

Akhtar, S. and Kramer, S. (1998). The Colors of Childhood: Separation Individuation across Cultural, Ratial and Ethnic Differences. Northvale, NJ: Jason Aronson. Akhtar, S., ed. (2009). Comprehensive Dictionary of Psychoanalysis. London: Karnak. Balint, M. (1935/1965). Critical notes on the theory of pregenital organizations of the ibido. In Primary Love and Psycho-Analytic Technique . New York: Liveright Publishing. Balint, M. (1936). The Final Goal of Psycho-Analytic Treatment. Int. J. Psycho-Anal ., 17:206- 216. Balint, M. (1968). The Basic Fault: The Therapeutic Aspects of Regression. London, New York: Tavistock Publications. Benedict, R. (1946). The Chrysanthemum and the Sword . Cambridge, Mass: The Riverside Press. Bethelard, F. and Young-Bruehl, E. (1998). Cherishment Culture. American Imago. 55: 521- 542. Barnlund, D.C. (1975) Public and Private Self in Japan and the United States. Tokyo: Simul Press.

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