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como fica exemplificado na sua constatação… “… a sessão psicanalítica é entendida como um processo interativo no qual o comportamento de um dos membros do par analítico determina a resposta do outro, e vise versa…”(Liberman, 1976, p.21). O diálogo analítico de Liberman, baseado nos postulados da Teoria da Comunicação, pode ser visto como uma interação entre três circuitos comunicativos interligados: dois intrapsíquicos (o do paciente e o do analista) e um circuito interpessoal criado entre eles. No seu livro Comunicação na terapia psicanalítica (1962) Liberman usa as contribuições de Jurgen Ruesch’s para classificar os diferentes tipos de “ personalidade ” de acordo com a forma com que elas se comunicam com os seus interlocutores. Ele as enumera e correlaciona primeiro com a nomenclatura clássica de O. Fenichel (1945), e depois com a sua própria sistematização futura, como mostra a tabela a seguir:
Nomenclatura de Ruesch
Nomenclatura de O. Fenichel
Uma pessoa extrovertida
Histeria de conversão (caráter histérico)
Uma pessoa medrosa, evitativa
Histeria de ansiedade (caráter fóbico)
Uma pessoa lógica
Neuroses obsessiva (caráter obsessivo)
Uma pessoa de ação
Personalidade psicopática (perversão e compulsões)
Uma pessoa depressiva
Transtorno ciclotímico, depressão neurótica e psicose cíclica
Uma pessoa observadora e não participativa
Transtorno esquizóide, esquizofrenia
Uma pessoa infantil
Neurose orgânica (doenças psicossomáticas)
Libermann vai adiante em combinar Ruesch e Fenichel com as fases do desenvolvimento da libido (Freud, 1905, 1933; Abraham, 1924), com as ansiedades paranóides e depressivas (M. Klein, 1952), desenhando o seguinte quadro com o objetivo de descrever os afetos prevalentes em cada cenário clinico (Liberman, D. 1962, p.130).
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