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considerado a partir de diferentes abordagens. Tais situações suscitam consideração especial sobre a possibilidade da reação terapêutica negativa, como um expoente da compulsão à repetição, decorrentes da pulsão de morte, muda em sua base. Para diferentes autores, em cada processo analítico, uma nova história é significada e inscrita. Pilar da teoria e da prática clínica, a Transferência tem se mantido através dos tempos um dos conceitos fundamentais da psicanálise. Os desenvolvimentos atuais mostram claramente que a Transferência se situa na encruzilhada do intrapsíquico e interpsíquico. O mundo interno do analisando consiste de conflitos psíquicos entre os agentes internos (Consciente, Pré-Consciente, Inconsciente, Id, Ego e Superego) e conflitos decorrentes dos relacionamentos intersubjetivos infantis com as Imagos Identificatórias. Todos esses conflitos são re-encenados na cena transferencial em uma relação que envolve duas psiques. Em 1937, o fundador da psicanálise se refere às duas cenas do movimento transferencial na encruzilhada entre o inter-psíquico e o intrapsíquico, quando ele sustenta que o trabalho de análise consiste de duas partes bastante diferentes, que se passa em duas cenas diferentes e que envolve duas pessoas, cada uma responsável por uma tarefa diferente. Em 2017, no contexto crescente de nuances e complexidades do pensamento psicanalítico contemporâneo e de experiência clínica acumulada, a declaração da Transferência como um movimento, o movimento dentro da psique, o movimento entre um sujeito e outro e o movimento entre passado e presente sustenta, assim como absorve e transcende, as divisões de um universo psicanalítico pluralista.
Ver também: CONFLITO CONTINÊNCIA: CONTINENTE-CONTIDO CONTRATRANSFERÊNCIA SELF (em breve)
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