Dicionário Enciclopédico de Psicanálise da IPA

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CONTRATRANSFERÊNCIA Entrada Tri-Regional Consultores Inter-regionais: Anna Ursula Dreher (Europa), Adrian Grinspon (América Latina) e Adrienne Harris (América do Norte) Coordenadora Co-chair: Eva D. Papiasvili (América do Norte) ————— Tradução para o Português: Rafael Mondrzak e Gabriela Pereira de Souza Favalli (Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre) Coordenação e edição para a tradução para o português: Maria Cristina Garcia Vasconcellos (Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre)

I. INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES INTRODUTÓRIAS

A Contratransferência é um dos conceitos psicanalíticos mais transformados e em transformação. Precisa ser abordado histórica, teórica, empírica e experimentalmente. Hoje, o conceito denota uma grande gama dos sentimentos do analista (conscientes e inconscientes), pensamentos e atitudes em relação ao paciente dentro da situação analítica. No sentido mais amplo, pode referir-se à totalidade de sentimentos, atitudes e pensamentos que o analista pode ter em relação ao seu paciente. No sentido mais restrito, pode referir-se predominantemente às respostas inconscientes à transferência do paciente – literalmente em resposta (contra) a transferência. Como um dos conceitos mais complexos em desenvolvimento dentro da psicanálise, repleto de definições no amplo espectro das orientações psicanalíticas internacionais, é geralmente aceito que a experiência de contratransferência possui tanto potencial benéfico como maléfico. Como uma parte necessária da matriz transferência- contratransferência, reflete uma dimensão vital, embora conceitualizada de forma divergente, interativa da psicanálise. Extrapolando e expandindo conforme os dicionários psicanalíticos Europeus e Norte Americanos (Auchincloss,2012; Skelton, 2006), como um fenômeno clinico, emergente de múltiplas fontes de situações analíticas, sendo também mediado por inúmeros processos concebidos entre paciente e analista, a fenomenologia da experiência da contratransferência pode incluir: • Sentimentos ou ideias conscientes no analista em resposta ao material do paciente • Sentimentos ou associações inconscientes que o analista pode recuperar ou (re) construir, ajudado por uma auto-análise constante de indicativos na ou após a sessão. Isto pode incluir a resposta do analista à transferência do paciente, a transferência do

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