nomeada CEO no Brasil da Nubank, a maior fintech da América Latina. Ela cofundou a empresa em 2013 por estar insatisfeita com as altas taxas de juros e o atendimento de grandes bancos brasileiros. Atualmente, a fintech conta com mais de 34 milhões de clientes, após triplicar seu número de usuários em menos de dois anos. Estimativas do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) indicam que a maior inclusão de mulheres no mercado de trabalho, com salários iguais e maior acesso a financiamento, pode aumentar o tamanho da economia em até 22% e daria ao sistema bancário maior estabilidade. Plataformas bancárias especializadas em fornecer treinamento financeiro e produtos que funcionem para as mulheres comprovadamente são modelos de negócio bem-sucedidos em ajudar a concretizar os sonhos de empreendedorismo das mulheres, que têm uma influência ampla e demonstrável na sociedade em muitos casos. Com os insights oferecidos por especialistas no tópico na região, uma abordagem aprimorada para que credores apoiem mulheres em suas empreitadas é detalhada à medida que o papel desempenhado por eles para ajudar mulheres na América Latina através da tecnologia continua sendo explorado.
o que torna mais difícil provar aos bancos sua capacidade de pagar empréstimos. Muitas latino-americanas frequentemente são sujeitas a um ambiente onde ouvem que não conseguirão seguir em frente por conta própria e estão proibidas de tomar qualquer decisão econômica. O mais recente relatório “Mulheres, Empresas e o Direito” do Banco Mundial afirma que as mulheres na região frequentemente enfrentam leis discriminatórias, embora tenha havido progresso, e ainda se deparam com desafios em vários casos. A pesquisa concluiu que, em 16 países na região, as mulheres são proibidas de realizar os mesmos trabalhos que homens. Isso ocorre em Belize, por exemplo, onde elas não podem trabalhar à noite em fábricas, ou na Colômbia, onde são impedidas de realizar atividades consideradas perigosas. Atingir um nível de inclusão financeira que aborde as barreiras existentes e resulte em mudança substancial é o caminho para que mulheres na região tenham acesso a oportunidades diversificadas de negócios e serviços. No Brasil, uma pesquisa realizada pelo Sebrae indicou que o número de mulheres que decidiram abrir o próprio negócio disparou 124% entre 2014 e 2019. Um dos exemplos recentes mais significativos de uma empreendedora bem-sucedida na região é Cristina Junqueira, cofundadora e recém-
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