Revista Tem + Edição 40

corpo tem também influência no contro- le dos batimentos cardíacos, podendo comprometer o bombeamento sanguíneo para o corpo todo. Ela atua também no controle da diabetes, entre outros. Atualmente, qual o quadro geral a res- peito dos níveis de vitamina D? A deficiência de vitamina D é uma defici- ência nutricional extremamente comum tanto em crianças quanto em adultos. Em estudos científicos recentes, realizados nos Estados Unidos, detectou-se que mais de 40% da população adulta com mais de 50 anos tem deficiência de vitamina D. Estima-se também que, no mundo todo, 40% das crianças e adultos tenha defici- ência de vitamina D e 60% tenha algum tipo de insuficiência dela, manifestada em sintomas típicos dessa alteração orgânica. Atualmente, sabe-se que sua deficiência aumenta o risco de diversas doenças crôni- cas, como cânceres, doenças autoimunes, doenças infecciosas (incluindo as do trato respiratório superior e tuberculose), diabe- tes tipo 2, cardiopatias, hipertensão arterial, disfunções neurocognitivas e osteoartrite. Um outro estudo realizado especificamen- te no Canadá mostrou que o risco de de- senvolver câncer de mama foi reduzido em até 60% em mulheres expostas à luz solar em idade adolescente e adulto jovem. E no caso das gestantes, por que é espe- cialmente importante prestar atenção em seus níveis de vitamina D? Nas grávidas, é fundamental a obser- vância dos níveis corporais de vitami- na D, uma vez que praticamente 50% delas apresentam alguma deficiência em graus variados durante a gestação. Aumento da hipertensão arterial e o surgimento da diabetes gestacional são

condições bastante conhecidas e que, justi- ficadamente, costumam causar alerta, mas a deficiência da vitamina D é outra condi- ção que também deve chamar atenção. Ela pode acarretar o comprometimento do feto (por exemplo, com seu nascimento com baixo peso), o aumento da necessida- de de um parto cesariano e uma condição associada à pré-eclâmpsia (níveis altos de pressão arterial durante a gestação). Além disso, observa-se que a suplementação de vitamina D no terceiro trimestre apresen- ta uma melhora no crescimento linear da criança no pós-parto e que há uma melhor lactação quando a mulher possui níveis normais de vitamina D. Você mencionou anteriormente a ne- cessidade de se tomar sol por um curto período sem protetor solar. Como fazê- -lo preservando a saúde da pele? Antes, gostaria de reforçar que tomar sol é fundamental para a produção de vitamina D corpórea, assim como é im- portante fazê-lo com uma prática asso- ciada de exercícios físicos, de uma dieta

equilibrada e do cultivo de uma vida com menos estresse. Quando for se expor ao sol, é preciso sempre um cuidado especial, uma vez que, ao mesmo tempo em que estamos produzindo vitamina D, podemos comprometer a integridade e a arquitetu- ra cutânea corporal. Para a exposição solar por cerca de meia hora, como mencionei anteriormente, é preciso que a pele não tenha nenhum tipo de filtro solar, ma- quiagem ou algo que crie uma barreira. Durante esse breve período, a incidência solar deve ocorrer diretamente na pele. Vale lembrar que moramos em um país equatorial, de alta incidência solar, capaz de provocar envelhecimento precoce da pele e lesões cutâneas malignas. É preci- so estar atento aos horários de exposição e o ideal é evitar a exposição entre 9h e 16h, principalmente nas estações fora do inverno e no ápice do verão. Após essa meia hora de exposição, é fundamental aplicar um protetor solar para o seu tipo de pele e fazer uso de chapéus e afins, ou seja, de barreiras químicas e físicas de proteção à pele.

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