Grande Consumo N.º 93

tecnologia

N.93

De marca discreta a referência de mercado em ape- nas cinco anos, a Hisense quer agora liderar em mais do que televisores. Com uma aposta sólida em inovação, inteligência artificial e sustentabili - dade, a marca chinesa está a conquistar o consu- midor português, alargando o seu portefólio para os eletrodomésticos e preparando o lançamento de seis televisores acima das 100 polegadas, já em 2025. À Grande Consumo, Pedro Santos, diretor da Hisense em Portugal, traça a ambição: crescer com consistência, sem deixar ninguém de fora da revo- lução tecnológica. Em apenas meia década, a Hisense passou de mar- ca praticamente desconhecida a terceira mais ven- dida no segmento de televisores em Portugal. A receita? Aposta em inovação, inteligência artificial, sustentabilidade e um portefólio cada vez mais ro- busto. Um dos trunfos na categoria de imagem é o mo- delo 110 UX, apontado como um dos mais avança- dos do segmento premium . A distinção face à con- corrência está nos detalhes técnicos que fazem a diferença na experiência visual. “Neste tipo de pro - dutos temos muito mais zonas de mini LED do que os nossos concorrentes” , destaca Pedro Santos, diretor da Hisense em Portugal. Estes mini LEDs contam com blocos de iluminação independente que per- mitem um controlo preciso da luz, resultando num contraste superior e brilho elevado. “Além disso, uti - lizamos, neste tipo de produtos flagship, os nossos chips mais avançados” , acrescenta o gestor, para ilustrar a otimização do desempenho e a garantia da “ melhor qualidade de imagem possível”. Outro produto icónico é o Canvas, que repre- senta uma visão disruptiva do que pode ser um televisor no século XXI. “Não é só um retângulo pen - durado na parede ”, explica o diretor, mas uma peça integrada na vida quotidiana, com forte foco na personalização. De facto, este equipamento funcio- na como uma tela de arte digital. Com mais de mil obras disponíveis gratuitamente e a possibilidade de, a partir de uma simples fotografia, criar compo - sições exclusivas através de inteligência artificial, o Canvas materializa uma nova forma de consumir conteúdos visuais. “Os nossos clientes podem tirar uma fotografia com o telemóvel e o Canvas consegue, atra - vés da inteligência artificial, transformar essa imagem numa obra de arte única e exclusiva. E se, passados al - guns segundos, quiser tirar outra vez a mesma fotografia, o Canvas vai criar uma outra interpretação” . Ecossistema inteligente, centrado no utilizador A inteligência artificial, aliás, está presente em todo o ecossistema da marca e não apenas nos televiso- res. “O nosso principal valor é conseguir disponibilizar aos nossos clientes produtos com fácil usabilidade, para que a vida seja mais simples” , refere Pedro Santos. To-

dos os dispositivos podem ser controlados de forma integrada, proporcionando uma experiência coesa e inteligente. Efetivamente, se em Portugal a Hisense é, ain- da, mais reconhecida na área da imagem e som, a verdade é que, globalmente, a marca de 56 anos tem fortes raízes na produção de eletrodomésticos, sobretudo frigoríficos, máquinas de lavar e ar con - dicionado. “Curiosamente, sempre fomos mais focados no segmento de eletrodomésticos do que no segmento de imagem. Em muitos países da Europa, esta é a área com mais peso na faturação” , explica Pedro Santos. Agora, essa aposta começa a ganhar tração em Portugal, com a equipa a crescer de três para 26 colaboradores em cinco anos. “Sempre que introdu - zimos um produto no mercado temos de ter a certeza de que temos toda uma equipa para poder dar apoio, para que não existam problemas junto dos nossos consumido - res” , sublinha, destacando o suporte técnico como fator diferenciador e um dos pilares estratégicos para ganhar a confiança do consumidor português. A sustentabilidade também não é esquecida e está presente nas decisões da marca. Desde a con- ceção dos produtos até à embalagem, tudo é pensa- do para reduzir a pegada ecológica. A Hisense apos- ta em soluções mais “verdes”, incluindo uma TV com 92% de componentes recicláveis, bem como embalagens mais ecológicas. “Grande parte da nos - sa pegada carbónica vem do packaging, por isso, usamos materiais monocromáticos e 100% recicláveis” . Entre as novidades estão também frigoríficos americanos classe A já segundo a nova etiqueta energética, os primeiros do género no mercado eu- ropeu.

“A maioria das pessoas que compram os nossos produtos nem sabe que são fabricados na China, até porque, hoje em dia, muitos deles já são produzidos na Europa. Temos mais de 33 fábricas implementadas em todo o mundo, incluindo duas no continente europeu”

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