alimentar
N.93
equilibrada e sustentável, à semelhança do que acontece com os produtos frescos. “Políticas públi - cas que incentivem o consumo responsável e a redução do desperdício alimentar devem incluir os congelados, dado o seu papel relevante nesse contexto, a par do que acontece com a transição energética” , sublinha Ricardo Macedo. O futuro apresenta-se não apenas promissor, mas também exigente. É certo que os congelados ganharam visibilidade, sim, mas também respon- sabilidade. “Acreditamos que a sensibilização dos con - sumidores e a inclusão dos congelados em estratégias alimentares equilibradas serão determinantes para o desenvolvimento do sector” , defende Daniel da Silva. Onde tudo começa a mudar: a visão da indústria Num presente feito de pressa, escolhas conscientes e preocupações ambientais, os congelados estão a ganhar espaço, não só no congelador de casa, mas no centro de uma nova cultura alimentar. Se o reta- lho tem desempenhado um papel fundamental na reposição da categoria nas prioridades do consu- midor, a indústria tem sido a força discreta — mas decisiva — por detrás dessa revalorização. É do lado dos fabricantes que se materializa a inovação, a segurança alimentar, o investimento em rastreabi- lidade e a reformulação constante das ofertas. E é também aqui que se desenham as tendências que orientam o futuro da categoria. Tanto a Brasmar como a Iglo, duas empresas com ADN bem distinto, partilham a convicção de que o congelado já não é apenas sinónimo de con- veniência, mas também de confiança, segurança alimentar e, cada vez mais, de sustentabilidade. Como refere Vítor Gil Guimarães, chief commer- cial officer da Brasmar, “o mercado de congelados tem apresentado um crescimento consistente, impulsionado pelos hábitos de consumo e pelos quotidianos acelerados dos consumidores” . Uma constatação que também surge do lado da Iglo. “Há uma valorização crescente do congelado como solução nutritiva, conveniente e sus - tentável, refletindo-se num crescimento do mercado em valor e volume, ano após ano” , analisa Inês Teixeira. Desafios O ponto de contacto com o retalho é claro. A pres- são para oferecer soluções práticas, adaptadas à vida moderna, está hoje bem presente tanto nas lojas como nas unidades fabris. Mas os desafios industriais são específicos e nem sempre visíveis aos olhos do consumidor. “O sector enfrenta desafios, sobretudo relacionados com a instabilidade geopolítica, que impactam diretamente na cadeia de abastecimen - to” , explica Vítor Gil Guimarães, que aponta ainda o tema da sustentabilidade como um eixo prioritário de ação. Aqui, as marcas reforçam o seu compromisso com a inovação responsável. A Brasmar aposta em soluções de refrigeração mais eficientes, embala -
Se o retalho tem desempenhado um papel fundamental na reposição da categoria nas prioridades do consumidor, a indústria tem sido a força discreta — mas decisiva — por detrás dessa revalorização. É do lado dos fabricantes que se materializa a inovação, a segurança alimentar, o investimento em rastreabilidade e a reformulação constante das ofertas. E é também aqui que se desenham as tendências que orientam o futuro da categoria
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