Grande Consumo N.º 93

GRANDE CONSUMO

vamos continuar a monitorizar o desenvolvimento de soluções inovadoras e tecnológicas que impulsionem a transformação digital dos centros comerciais, proporcionando uma experiência diferenciada para os consumidores e lojistas e garantindo, por outro lado, a eficiência operacional e a competitividade do sector; e vamos reforçar a aposta na implementação de práticas que promo- vam o equilíbrio entre o desenvolvimento económico, o respeito pelo meio am- biente e a responsabilidade social, promovendo operações mais sustentáveis e alinhadas com as metas climáticas. A este nível, poderei adiantar que, no ano passado, 97% dos operadores tinha já implementado práticas de gestão com vista aos objetivos de sustentabilidade (mais 2% do que em 2023). Estes três eixos são essenciais para prosseguirmos o nosso trabalho junto de todo o ecossistema, em prol das comunidades que os centros comerciais servem, em prol do meio ambiente e em prol do desenvolvimento deste sector, que tem um peso muito importante para a economia do país, mas que é tam- bém relevante no plano social. Têm, de alguma forma, sentido o impacto do e-commerce , nomeadamente em termos de afluência? Fechámos o ano de 2024 com resultados recorde de vendas nas lojas dos cen- tros comerciais, com a faturação a aumentar 7% em relação a 2023, o que signi- fica que a nossa atividade tem crescido, mas estamos, naturalmente, a monito - rizar o comércio eletrónico. Este foi, de resto, um tema central no nosso congresso, o APCC Summit 2025, que aconteceu dia 4 de junho, em Lisboa, e que foi uma oportunidade única para debater os desafios que se colocam ao futuro do retalho organizado. No atual contexto económico e geopolítico, este congresso foi um momento muito importante para preparar o futuro do sector.

GC

CP

Centros comerciais geram 5% do PIB nacional

O sector dos centros comerciais continua a afirmar-se como um motor es- sencial da economia portuguesa, contribuindo com 5% para o Produto In - terno Bruto (PIB) nacional e garantindo mais de 350 mil postos de trabalho diretos, indiretos e induzidos. Os dados são revelados no estudo “Impacto Socioeconómico dos Centros Comerciais em Portugal”, desenvolvido pela Nova SBE e apresentado no APCC Summit 2025. Segundo o estudo, em 2024 os centros comerciais registaram mais de 600 milhões de visitas e vendas totais na ordem dos 12,5 mil milhões de euros, um crescimento de 7% face ao ano anterior. Mas o impacto vai muito além das receitas diretas. A análise evidencia efeitos multiplicadores significati- vos: cada euro gerado pelo retalho organizado contribui com 2,51 euros para a economia nacional. Em termos de emprego, o sector representa mais de 6,5% do total nacional, com cerca de 226 mil empregos diretos e mais de 126 mil indiretos e indu - zidos. Já as remunerações globais ultrapassam os 4,7 mil milhões de euros, representando um multiplicador de 2,26 euros por cada euro investido. A receita fiscal ascende a 3,5 mil milhões de euros, o equivalente a quase 8% do total arrecadado em impostos (IVA e IRS) no país. O valor acrescentado bruto (VAB) dos centros comerciais totalizou 11,25 mil milhões de euros. Cada euro de VAB gerado pelo sector equivale a 2,22 eu- ros do VAB nacional, posicionando os centros comerciais no top 12 dos 82 sectores das contas nacionais. Excluindo o sector público e imobiliário, so - bem para o top 8.

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