Grande Consumo N.º 93

GRANDE CONSUMO

retalho Menos comerciais, mais experienciais texto FÁTIMA DE SOUSA fotografia D.R.

Alegro Setúbal

Maduro, dinâmico, com capacidade de inovar e de se adaptar. É assim que o mercado de centros comerciais em Portugal é visto pelos principais players , que convergem na análise da Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) de que, mais do que meros locais transacionais, se conver- teram em espaços de socialização. Este é o olhar do senior director retalho da CBRE Portugal, Carlos Récio, que à maturidade do merca- do acrescenta uma elevada profissionalização e um expressivo know-how , classificando-o, ainda, como altamente concorrencial. “Tem sabido reinventar-se e adaptar-se às novas tendências de consumo e às altera - ções demográficas que se verificam em Portugal” , nota, recordando que se assiste a uma estabilização no número de centros comerciais desde 2018, ano em que abriu o último construído de raiz, o Mar Shop- ping Algarve. A evolução — diz — é muito positiva na qualificação da oferta, mas igualmente na per - formance, com “o crescimento sucessivo dos índices de visitantes e de vendas” . Também o head of country da Klépierre Portu - gal, Telmo Ferreira, aponta a evolução positiva do sector, atribuindo-a a uma “enorme” capacidade de adaptação e, sobretudo, a um grande foco na ino- vação. “O crescimento acelerado nos últimos anos de - monstra que a socialização e a experiência de compra

A caricatura de portugueses em fato de treino a passear pelos corredores dos centros comerciais ao domingo está na memória de muitos, mas os passos que hoje se dão nestas superfícies são ou- tros. E com outros rumos: mais do que compras, os clientes esperam entretenimento e serviços. Ex- pectativas a que as empresas gestoras correspon- dem, como testemunham os porta-vozes da CBRE, Klépierre Portugal, Mundicenter, Nhood, Sonae Sierra e VIA Outlets.

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