Grande Consumo N.º 93

retalho

N.93

vas como o Park Discovery no Centro Colombo e no Centro Vasco da Gama, permitindo aos visitantes consultar, em tempo real, a disponibilidade de lu- gares de estacionamento através dos websites/apps dos centros. Ou a oferta cultural, materializada em projetos como o OpenStage, que oferece aos artis- tas locais a oportunidade de se apresentarem nos espaços da Sonae Sierra, ou “A Arte Chegou ao Co- lombo”. Tendo o objetivo de criar espaços que combi- nem a oferta de produtos e serviços de excelência com experiências diferenciadoras, o gestor refere que a seleção dos retalhistas começa na análise do público e das suas expectativas, atendendo a que os visitantes valorizam variáveis como a acessibi- lidade, a sustentabilidade e o conforto. São fatores determinantes a relevância da marca e o seu ali- nhamento com o perfil de cada centro, mas tam - bém o aporte de inovação e o seu contributo para a diferenciação do espaço. Do mesmo modo, importa garantir a complementaridade do mix comercial, promovendo um equilíbrio entre grandes marcas reconhecidas e conceitos emergentes, de forma a responder às necessidades de diferentes segmentos de clientes. Finalmente, entra nesta equação o com- promisso dos operadores com práticas ambientais responsáveis e modelos de negócio que promovam eficiência energética, economia circular e menor impacto ambiental. A propósito, Alberto Bravo aponta que, em 2024, a Sonae Sierra celebrou 190 novos contratos de ar- rendamento, correspondendo a 44.418 metros qua- drados. “Este dinamismo permitiu-nos alcançar uma taxa de ocupação notável de 98,1%” , comenta. Investimento A valorização dos centros está no âmago da estraté- gia da VIA Outlets, por via de uma aposta em remo- delling , remarketing e remerchandising que se tem re- velado — segundo o business director em Portugal, Jorge Pinto Fernandes — uma ferramenta eficaz de crescimento. Em 2024, as vendas das marcas cres- ceram 6,8%, atingindo um valor “recorde” de 1,45 mil milhões de euros. Portugal tem sido beneficiado por esta onda de investimentos. Que começou em 2017 no Freeport Lisboa Fashion Outlet, valendo-lhe “um reposiciona - mento significativo”, e que prosseguiu o ano passado, com o propósito de melhorar a experiência do vi- sitante e a oferta premium . No Vila do Conde Porto Fashion Outlet, a primeira intervenção aconteceu em 2020, estando em curso um projeto de expan- são que lhe acrescentará 30 lojas. Acresce que, em 2022, este centro passou a ser o único no portefólio da empresa com um retail park . O foco é a criação de uma experiência de com- pra diferenciadora, garantindo uma oferta de mar- cas diversificada. E para este objetivo concorrem equipas especializadas de leasing e de retalho, tanto

locais como internacionais, que trabalham em con- junto para definir a oferta de marcas ideal, sendo a seleção feita com base no equilíbrio da oferta e no posicionamento estratégico de cada centro. Neste processo — acrescenta o gestor — a equipa de marke - ting é fulcral, ao analisar o poder de atração de cada marca, avaliando o seu potencial para responder às expectativas dos clientes. “É um processo complexo e altamente estratégico, mas essencial para alcançar os objetivos de médio e longo prazo ”, nota, evidenciando que, ao gerir 11 outlets , o grupo dispõe de “um vasto conjunto de dados que permite não só avaliar e anteci - par cenários de mercado, mas também acompanhar o desempenho das marcas e lojas, garantindo um suporte contínuo para otimizar os seus resultados” . Os retalhistas têm respondido a esta estratégia: nos últimos 18 meses, no Freeport Lisboa Fashion Outlet, foram inauguradas nove lojas e mais de dez foram renovadas. Já o Vila do Conde Porto Fashion Outlet assistiu a nove relocalizações e remodela- ções de lojas, bem como à abertura de seis. O público tem igualmente correspondido. A propósito, Jorge Pinto Fernandes chama a atenção que, por natureza, o modelo outlet é diferente de um centro comercial tradicional, devido à dimen- são das lojas, ao tipo de stock e à localização — nor- malmente fora dos centros urbanos. “Isso resulta, por um lado, num número de visitantes inferior ao de um shopping convencional, mas, por outro, numa intenção de compra muito mais elevada e num ticket médio supe - rior” , sustenta, alicerçando-se em dados segundo os quais 87% dos visitantes afirma ter feito compras e 97% planeia regressar.

A VIA dos outlets

• 2 outlets : Freeport Lisboa Fashion Outlet, em Alcochete (36.200 metros quadrados de área bruta locável), e Vila do Conde Porto Fashion Outlet (27,500 metros quadrados, após inauguração do novo espaço, no final de 2025); • A nível global, os 11 centros da VIA Outlets em 9 países europeus receberam um total de 32 milhões de pessoas em 2024*; • 150 marcas parceiras no Freeport Lisboa Fashion Outlet e 115 no Vila do Conde Porto Fashion Outlet; • 1,45 mil milhões de euros de vendas das marcas nos 11 centros europeus. * *Os dados por centro não podem ser divulgados ao abrigo da política de comunicação do grupo, detido pelo fundo ho - landês APG

25

Made with FlippingBook Annual report maker