Grande Consumo N.º 93

N.93

tema de capa Uma revolução silenciosa: o poder transformador da IA no retalho texto ALEXANDRA COSTA fotografia D.R. / SHUTTERSTOCK

Silenciosa, mas imparável. A inteli- gência artificial está a transformar profundamente o sector do retalho em Portugal, deixando de ser apenas uma promessa tecnológica para se tornar uma aliada estratégica na personali- zação da experiência de compra, na eficiência operacional e na tomada de decisão. Dos algoritmos que ajustam preços em tempo real aos assistentes di- gitais que conhecem os hábitos dos con- sumidores melhor do que ninguém, a revolução já está em curso e quem não a acompanhar arrisca-se a ficar para trás.

A inteligência artificial (IA) deixou de ser uma promessa futu - rista para se tornar uma realidade palpável no sector do retalho. Em Portugal, empresas de diferentes dimensões e segmentos estão a adotar soluções baseadas em IA com o objetivo de otimi- zar operações, personalizar a experiência do cliente e aumentar a eficiência. Mas se hoje falar em inteligência artificial já não é uma novidade, a verdadeira questão é compreender em que me- dida está a ser implementada e, sobretudo, de que forma pode beneficiar tanto empresas como consumidores. Sobre este ponto, João Sanches, head of generative AI & enter- prise transformation programs na Capgemini Portugal, tem uma opinião bastante clara: a adoção da IA está a reformular as dinâ- micas do sector, em especial nos segmentos de grande consumo, onde a personalização, a eficiência operacional e a agilidade são cruciais. Aliás, vai mais longe ao afirmar que a Capgemini con - sidera a IA generativa (GenAI) uma das forças mais disruptivas e inovadoras em curso, particularmente nas áreas do retalho de moda e dos bens de consumo. A consultora vê a IA não só como um pilar estratégico da mo- dernização do retalho, mas também como uma das principais vantagens competitivas que ditará as novas regras deste merca- do altamente competitivo. “A IA é um motor transversal — desde a logística até à interação com o cliente, onde a integração entre os dados, os algoritmos e o negócio é essencial para obter mais eficiência, inova - ção e diferenciação na experiência do cliente” , explica João Sanches.

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