GRANDE CONSUMO
Sanches, oportunidades concretas para o retalho nacional se reinventar. Para tal, alerta, estas inovações devem ser integra- das numa visão estratégica de longo prazo, com forte apoio na capacitação digital dos agentes económicos. Vasco Portugal concorda e reforça que Portugal também está exposto às grandes pressões globais: margens estreitas, escas- sez de talento e consumidores cada vez mais exigentes. Para o CEO da Sensei, isso reforça a importância de soluções como lo- jas autónomas, personalização baseada em dados e eficiência operacional. Além disso, observa um movimento claro no sen- tido de abandonar micro soluções, que resolvem apenas parte dos problemas, em favor de plataformas integradas. “O futuro está em soluções que ofereçam uma visão holística da loja e do cliente — e é aí que estamos a apostar” , conclui. Com esta combinação de desafios e oportunidades, a inteli - gência artificial está a redesenhar silenciosamente o presente do retalho. A questão já não é se as empresas devem adotá-la, mas como o farão — e com que impacto.
“Vamos ver mais lojas autónomas, claro, mas também uma personalização muito mais fina da experiência — com promoções e sugestões de produtos à medida de cada cliente. A IA vai estar em todo o lado, mas sem ser intrusiva. E a nossa missão é garantir que os retalhistas possam acompanhar essa transição de forma fluida, escalável e sem perder o foco no que realmente importa: o cliente”
Projetos em curso
A aplicação prática da inteligência artificial no retalho já está em marcha e os exemplos não faltam. Duas das em - presas mais ativas neste domínio, a Sensei e a Priceless, mostram como estas soluções estão a ganhar escala e di - versidade em diferentes mercados. A Sensei, por exemplo, tem vindo a trabalhar com alguns dos maiores retalhistas a nível mundial. Em Portugal, co - labora com a Sonae MC e foi responsável pelo lançamento de uma das maiores lojas autónomas do mundo: um Conti - nente Bom Dia 100% funcional e sem caixas. Em Itália, está a explorar formatos de proximidade com a cadeia Conad, apostando em espaços entre os 200 e os 300 metros qua- drados. No Brasil, protagonizou a abertura da primeira loja autónoma da América Latina em parceria com o Grupo Muffato. Além disso, a Sensei está presente em vários espaços de conveniência, como as áreas de serviço da Brisa (Colibri), postos Galp e cinemas da NOS. “Cada projeto é diferente, mas o objetivo é sempre o mesmo: tornar o retalho mais inteligente e mais centrado em quem o utiliza” , resume Vasco Portugal. Já a Priceless tem-se focado em ajudar os retalhistas a im- plementar soluções de IA que sejam práticas, acessíveis e ajustadas às necessidades específicas de cada operação. O destaque vai para as áreas de análise de tráfego e per- formance de loja, onde a empresa tem colaborado ativa - mente com a FootfallCam. Através desta parceria, fornece relatórios personalizados e dashboards que permitem aos clientes melhorar a alocação de recursos, avaliar a eficá- cia das campanhas e tomar decisões baseadas em dados concretos.
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