Grande Consumo N.º 93

GRANDE CONSUMO

Tecnologia só por tecnologia não serve. O objetivo é sempre criar uma experiência mais simples, relevante e eficiente para o cliente, sem nunca comprometer a privacidade e a confiança

de fairness e explainability . “O melhor modelo não é apenas aquele que tem melhor performance técnica, mas aquele que apresenta um compor - tamento equilibrado em termos de precisão, justiça e explicabilidade” , defende David Barros. Apesar de privilegiar o desenvolvimento interno, a Worten acompanha de perto o ecossistema de inovação, participa em hackathons e mantém colaborações com providers tecnológicos e serviços cloud . O foco é manter independência a longo prazo, com soluções modulares, escaláveis e preparadas para o futuro. Esta visão está inserida numa estratégia digital alargada, que posiciona a Worten como uma das marcas de retalho mais avan- çadas em Portugal. A IA não é uma ferramenta isolada, mas uma peça integrada num ecossistema digital robusto, desenvolvido com equipas multidisciplinares, metodologia ágil e métricas de impacto claras, através de KPIs de negócio e tecnológicas, como accuracy , recall e precision . “A nossa abordagem passa por identificar áreas onde a tecnologia pode resolver problemas concretos, aumentar a eficiência e criar valor sustentável para o cliente e para a marca” , reforça David Barros. Na Worten, a inteligência artificial é tratada com inteligência. Não como fim, mas como meio. E é nessa lógica que se constrói um futuro mais simples, eficaz e próximo, com a tecnologia ao serviço de quem importa verdadeiramente: o cliente. IA com ética, foco e impacto real Na Auchan, a inteligência artificial é encarada como uma aliada pragmática, uma ferramenta que só faz sentido se gerar valor real. Com um portefólio de aplicações que atravessa a previsão de vendas, a deteção de fraude, a personalização da experiência digital e a otimização de stocks , o retalhista integra a tecnologia de forma transversal, mas sempre com ética e responsabilidade. De facto, a IA é já uma realidade para a empresa retalhista, com aplicações em áreas como a deteção de fraude, a previsão de vendas, a personalização da experiência digital, a previsão de ru- turas e até no programa de fidelização. Com modelos de machine learning e preditivos, a Auchan consegue antecipar ruturas e ajus- tar a gestão de stocks com maior eficácia. As prateleiras são abas - tecidas com maior precisão, evitando desperdícios e melhorando a experiência do cliente. No canal digital, a IA adapta os conteúdos em tempo real na app e no site , com base nos padrões de comportamento, histórico de navegação e contexto. Essa personalização estende-se também às campanhas direcionadas, às comunicações de fidelização e às notificações, tornando a jornada do cliente mais fluida, relevante e eficaz. A IA está igualmente ao serviço da construção de relações duradouras. A marca acredita que a experiência deve partir do conhecimento profundo das preferências e do contexto de cada consumidor. “Usamos modelos de personalização para adaptar os con - teúdos da app e do site a cada cliente, com base em padrões de comporta - mento e no seu contexto atual. Também temos modelos de recomendação de produtos personalizados” , descreve Carlos Vinagre, diretor de IT da Auchan Retail Portugal Mas a tecnologia não vive isolada. A Auchan investe na capa- citação das equipas e na disseminação de uma cultura de dados, preparando os colaboradores para interpretar insights , alimentar os modelos e atuar sobre os resultados. Para a empresa retalhista, a IA deve ser usada com ética, responsabilidade e com foco na criação de valor para o cliente , convicta de que a tecnologia só por

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