GRANDE CONSUMO
O futuro é social O mercado de social commerce está a crescer a rit- mo acelerado. Segundo dados da Statista Market, o sector já representa 16,7% das vendas online globais e deverá ultrapassar um bilião de dólares até 2028. A Europa, onde a Bloop se quer afirmar, é uma das regiões com maior potencial de crescimento. Francisco Rodrigues acredita que esta será a nova norma. “Os consumidores estão cada vez mais exi - gentes, querem confiança, recomendação e envolvimen - to. O conteúdo vai ser tão ou mais importante do que os próprios produtos ou serviços”. A visão é ambiciosa, mas clara: “queremos que a Bloop se torne a plataforma de referência mundial para quem valoriza a partilha, a recomendação e a recompen - sa” , afirma. “Imaginamos um ecossistema global onde qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, possa comprar, partilhar e influenciar de forma simples e justa. O nosso sonho é criar uma comunidade viva e interliga - da, onde as compras não sejam apenas transações, mas também momentos de conexão. Mais do que uma plata - forma, queremos construir uma nova forma de pensar no e-commerce”. Até 2026, os objetivos da Bloop passam por al- cançar dois milhões de utilizadores ativos, atingir 40 milhões de euros em faturação e movimentar mais de 300 milhões de euros em vendas. E depois? Continuar a escalar, sem perder de vista a promes- sa original: fazer do consumo uma experiência so- cial, justa e transformadora. “Imaginamos um ecossistema global onde qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, possa comprar, partilhar e influenciar de forma simples e justa. O nosso sonho é criar uma comunidade viva e interligada, onde as compras não sejam apenas transações, mas também momentos de conexão. Mais do que uma plataforma, queremos construir uma nova forma de pensar no e-commerce”
Da Península Ibérica para o mundo Com 1,5 milhões de euros angariados até à data — incluindo 850 mil em 2024 via business angels , 410 mil via crowdfunding privado com 126 investidores e 250 mil em 2025 com cinco novos investidores, entre eles dois administradores da Microsoft — a Bloop prepara-se agora para escalar rapidamente. Atualmente, está em curso uma bridge round de até 500 mil euros, com o objetivo de reforçar a fase de validação, e prepara-se uma seed round de, pelo me- nos, cinco milhões de euros até ao final do ano, que permitirá viabilizar a expansão internacional já no próximo ano. O plano começa na Europa, com foco em mer- cados com “grande maturidade digital, elevada taxa de penetração de e-commerce e forte cultura de recomen - dação social”. Países como Espanha, França, Itália ou Alemanha estão no radar, mas a escolha será orientada por dados de mercado, potencial de es- calabilidade e capacidade de adaptação ao mode- lo. “Procuramos comunidades digitais com um espírito colaborativo e uma boa predisposição para testar novos formatos de consumo” , refere. Para 2027, está prevista a entrada no mercado norte-americano, um dos mais exigentes e compe- titivos do mundo. “Prevemos ajustes na linguagem, nos parceiros estratégicos, no suporte técnico e até na forma como os incentivos são comunicados”, antecipa Francis - co Rodrigues. “Estamos a considerar apostar em equipas locais e parcerias com criadores de conteúdo que enten - dam o contexto americano”.
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