sempre que membros ou candidatos apresentarem material clínico em reuniões da sociedade, seminários, grupos de trabalho, supervisões, etc. As análises pessoais dos analistas continuarão sendo espaços confidenciais que incentivam a associação livre. Em todos os outros contextos, o material clínico deve ser anonimizado. ● Incentivar cada sociedade a encontrar uma maneira de transformar a reflexão sobre os desafios de proteger o sigilo em um projeto de educação continuada. Por exemplo, na forma de workshops ocasionais sobre o assunto. A IPA poderia publicar boletins regulares com discussões de casos de diferentes regiões que problematizem essa questão, começando com exemplos retirados da literatura. 3.4 Apresentações de material clínico em congressos e outros eventos científicos Os analistas precisam estar cientes de que, uma vez apresentado, seja por escrito ou oralmente, o material clínico tem um público potencialmente ilimitado. Embora os riscos de reconhecimento possam ser considerados baixos, qualquer risco desse tipo leva a uma questão crucial: não apenas violações efetivas são motivo de preocupação, mas também qualquer percepção de que houve ou poderia haver violação. As diretrizes a seguir representam a visão do Comitê sobre ‘boas práticas’ ao apresentar material clínico em congressos e outros eventos científicos 6 : ● Incluir uma declaração sobre sigilo nas convocatórias de artigos/trabalhos. Deve-se sempre alertar os analistas palestrantes a respeito das possíveis consequências negativas já documentadas do sigilo mal controlado para pacientes e analistas. Conforme demonstram pesquisas (Kantrowitz, 2004, 2006), os analistas podem nem sempre ser sensíveis ao impacto negativo de suas atividades científicas em seus pacientes; assim, também podem ser incentivados a consultar seus pares desde cedo caso queiram compartilhar material clínico no congresso. Uma maneira de reduzir o risco de vazamento de material clínico sensível em apresentações em grupo seria evitar a circulação deste material de forma escrita ou digital, antes ou depois do evento científico. ● Revisar cuidadosamente os trabalhos enviados. O comitê científico deve examinar cuidadosamente cada submissão que contenha material clínico e, em caso de dúvida, pedir feedback de uma equipe seleta de assessores a respeito da proteção do sigilo. Como esses membros podem não conhecer o autor e seu meio, a consulta em nível local pode ser uma forma alternativa de proteção. Quando o material clínico não pode ser alterado, como na narração de um sonho, pode-se usar disfarce, anonimização ou solicitar permissão cuidadosamente para proteger o paciente. ● Incluir uma declaração sobre sigilo no programa impresso, se houver. O Apêndice B fornece exemplos de tais declarações. ● Pedir aos moderadores que leiam uma declaração em voz alta antes de cada palestra 6 Uma versão preliminar de algumas das diretrizes do item 3.4 foi aceita pelos Diretores em nome do Conselho em junho e julho de 2017, antes do congresso de Buenos Aires.
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