Olá, sejam bem-vindos à Educa. Oferecer aos alunos o que existe de melhor para seu desenvolvimento é o desejo de toda a comunidade escolar. Em um mundo de mudanças aceleradas e progressivamente mais complexo, fica cada vez mais evidente a necessidade de cultivar as competências emocionais para que eles consigam conquistar seu lugar na sociedade. A Educa por Rossandro Klinjey é um programa fundamentado na combinação entre estudos e práticas nacionais e internacionais sobre as competências socioemocionais como CASEL, BNCC, Psicologia Positiva e Educação Parental. Com a leitura e interpretação do psicólogo e especialista em educação Rossandro Klinjey, e todas as mais recentes e inovadoras descobertas das ciências do comportamento, nossa proposta pedagógica tem como objetivo conduzir o ser humano aos mais elevados níveis de evolução emocional. Vamos juntos inspirar mentes conectadas! Professor Rossandro Klinjey Psicólogo e Especialista em Comportamento Humano e cofundador da Educa
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Nosso Propósito Ajudar escolas e famílias a educar uma geração mais humanizada.
OI, NÓS SOMOS A EDUCA
Acreditamos no poder das competências socioemocionais para a construção de um mundo mais humanizado. Nosso Ecossistema
Nosso Propósito
Inteligência para a Vida Educa por Rossandro Klinjey
Para Estudantes da Educação Infantil e Ensino Fundamental
Para Estudantes do Ensino Médio
Programa Socioemocional Educa por Rossandro Klinjey
Nossa Missão
Nosso Foco
Comunidade Educa
Letramento Digital Para Estudantes
Para Famílias e Educadores do século 21
Nossa Missão Conectar a comunidade escolar e proporcionar experiências educacionais que
Nosso Foco Conectar gerações,
promovendo o progresso das pessoas por meio das competências socioemocionais.
Para Famílias e Educadores
Consultoria Pedagógica Para Educadores
Escola de Educação Parental e de Educadores
preparem as novas gerações para viver melhor no século 21.
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Conheça nossos Fundadores
A Educa apoia escolas, alunos e professores na promoção da equidade e excelência na educação brasileira por meio da aprendizagem socioemocional. Inspiramos todo o ecossistema escolar para garantir que as habilidades humanas tornem‑se relevantes em nosso país. Estabilidade emocional, criatividade, empatia, pensamento crítico, liderança, cidadania e comportamento no mundo digital são conceitos que devem estar cada vez mais ligados à sala de aula. Trabalhar essas habilidades ajuda os jovens a conhecer os próprios limites e os dos outros, os auxilia a tomar decisões conscientes, a lidar com desafios e a resolver problemas complexos da vida real. Dinâmicas de socialização, projetos, jogos e criação de espaços de debate estão envolvidos na proposta de mediar conflitos, desenvolvendo a liderança, ensinando a negociar, estimulando a resolução de problemas complexos e capacitando as pessoas para se tornarem instrumentos de mudanças positivas para omundo. Este é o plano da Educa: integramos professores, alunos e famílias. Nós trazemos as melhores experiências de aprendizagem do mundo para salas de aula e interações familiares.
ROSSANDRO KLINJEY
PSICÓLOGO, ESPECIALISTA EM COMPORTAMENTO HUMANO E COFUNDADOR DA EDUCA
Rossandro Klinjey é psicólogo, professor visitante da Fundação Dom Cabral, consultor em educação e desenvolvimento humano. Fenômeno nas redes sociais, seus vídeos já alcançaram a marca de mais de 150 milhões de visualizações. Autor de vários livros, sendo os mais recentes, “O Tempo do Autoencontro”, “As Cinco Faces do Perdão” e “Help: me eduque!”. É consultor da Rede Globo em temas relacionados a comportamento, educação e família, no programa “Encontro” exibido também pela Rede Globo, além de colunista da Rádio CBN. Como palestrante, viaja pelo Brasil e por países como Estados Unidos, Inglaterra, Áustria, Itália, Alemanha e Portugal.
JAIME RIBEIRO
ESCRITOR, PALESTRANTE, CEO E COFUNDADOR DA EDUCA
Escritor, executivo e palestrante, liderou áreas de vendas, inovação e estratégia de multinacionais como Ambev, Danone e Pearson Education. Jaime Ribeiro, formado em Engenharia Química, com pós‑graduação em Gestão de Negócios e em Marketing, é também autor dos livros “Empatia: Por que as Pessoas Empáticas Serão os Líderes do Futuro?” e “Empatia Todo Dia”. Especialista no estudo das mudanças nas relações humanas ocasionadas pelas novas tecnologias que vêm impactando profundamente o sucesso e a cultura organizacional das empresas. Realiza workshops e palestras para líderes e empreendedores sobre o protagonismo das habilidades humanas em um mundo dominado pela tecnologia.
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INTELIGÊNCIA PARA A VIDA EDUCA POR ROSSANDRO KLINJEY Quem é o jovem do Ensino Médio hoje? O que ele está construindo e como ele está se construindo? Como será o seu futuro? Essas são perguntas que muitos pais e educadores se fazem nos dias atuais, pois não são poucos os desafios que o mundo impõe a essa nova geração. O panorama atual nos apresenta uma juventude múltipla, situada e deslocada num mundo que se transforma a olhos vistos, minuto a minuto. E as juventudes se reconhecem nesse mosaico imenso e intenso de desejos, interesses, talentos,
PROGRAMA SOCIOEMOCIONAL EDUCA POR ROSSANDRO KLINJEY
Somos uma solução socioemocional para todo o ecossistema escolar: alunos, pais, professores e líderes escolares. Nossos pilares foram projetados para promover a auto‑ consciência, autogestão, cidadania, habilidade de relacionamento e tomada de decisão responsável nos alunos. São eles:
FELICIDADE E BEM-ESTAR Através do autoconhecimento desenvolvemos a autonomia, a prática do autocuidado, exercícios de gratidão e, assim, inspiramos os alunos a encontrar um caminho para a felicidade.
HUMANIDADE Valores cada vez mais necessários na sociedade, tais como a generosidade, amor, esperança, compaixão e a prática da empatia nas relações. Através dessas habilidades, construiremos um mundo mais humanizado.
SABEDORIA As ideias criativas se
juntam com a curiosidade e fazem coisas incríveis, mas é com o desenvolvimento do pensamento crítico e da responsabilidade que elas podem realmente ser transformadoras.
desafios e limites. Nesse sentido, construir um projeto de vida, justamente nesse período que os jovens estão vivendo, é desenhar um norte, pensar num propósito, e também conhecer e elaborar caminhos rumo aos próprios sonhos. O Programa Inteligência para a Vida Educa é feito especialmente para o jovem do Ensino Médio, esse que já construiu uma ideia sobre si, mas que ainda precisa de ajuda para desenvolver todo seu potencial. O propósito desse programa é proporcionar mais chances para que os estudantes das novas gerações façam escolhas inteligentes para o futuro e sejam mais felizes em um mundo conectado. Para garantirmos resultados efetivos, além de oferecermos um material de exímia qualidade, também apoiamos escolas na orien‑ tação ao projeto de vida de seus estudantes do Ensino Médio, preparando‑os para os desafios característicos do século 21.
LIDERANÇA A liderança no século 21 passa diretamente pelo aprendizado da colaboração, da tomada de decisão responsável, negociação e capacidade de trabalho em equipe. Desenvolvemos a noção de justiça, a capacidade de resolver problemas complexos e o comportamento no mundo digital.
MODERAÇÃO
CIDADANIA Somos todos parte da socie‑ dade; logo, somos agentes transformadores do mundo. Para isso, desenvolvemos a consciência e o protagonismo ambiental, a integridade, perseverança e o civismo. Com bravura e vitalidade seremos melhores pessoas para oplaneta.
Desenvolver o equilíbrio permite que práticas como o perdão, a humildade, a prudência e o autocontrole se tornem hábitos. Neste aspecto, a comunicação assertiva, a resiliência emocional e a paciência são ferramentas necessárias para o aprendizado da moderação.
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Proposta Pedagógica
1 SÉRIE. EU POR MIM MESMO - autoconhecimento, crescimento pessoal, bem-estar e autocuidado. A dimensão Eu Por Mim Mesmo promove o desenvolvimento dos estudantes por meio do re‑ conhecimento de que cada um deles é um indivíduo único, original, valoroso, que cresce em contato com uma comunidade e que tem capaci‑ dade de conhecer a si mesmo, de projetar-se e de superar eventuais dificuldades.
O novo Ensino Médio pressupõe também uma nova orma de conceber a preparação para a vida. A proposta se contrapõe ao tecnicismo e à fragmentação do conhecimento, voltando seu olhar à integralidade do ser humano – estudante. O jovem do Ensino Médio não é único, previsível ou passível de ser definido. Ele vivencia, experimenta e se transforma continuamente. A construção de sua identidade, portanto, ganha dimensões que vão muito além das limitações impostas pelo duo família-escola. E esse sujeito-jovem-estudante é plural em experiências, valores, visões de mundo e interesses. Trabalhar com o projeto de vida dessa juventude é, portanto, lançar-se a um desafio imenso que requer também a nossa reflexão sobre o mundo que conhecemos e, especialmente, sobre o mundo que queremos.
BNCC e Projeto de Vida
2 SÉRIE. EU E O OUTRO - relações interpessoais, pertencimento, em- a
A BNCC discorre sobre o Projeto de Vida e o coloca sob uma abordagem transversal. No entanto, parece claro que a escola e os estudantes precisam de um espaço e tempo para se dedicar à autoinvestigação e para reconhecer em si os valores, as histórias, os desejos e os anseios que os singularizam, a fim de que possam, por meio de práticas pedagógicas orientadas, construir um Projeto de Vida significativo e não definitivo, porque nunca é.
patia, convívio, diálogo e percepção da coletividade.
O trabalho com a dimensão Eu e o Outro têm como foco as relações nas quais participam os estudantes e que se manifestam em diferentes âmbitos de sua vida, seja no espaço escolar, no comunitário, seja no espaço familiar ou em outros. Ao mesmo tempo, envolve aquelas relações que se estabelecem nas redes de comunicação virtual. 3 SÉRIE. EU E O MUNDO - gestão da aprendizagem, projeções para o futuro, escolhas, trabalho, profissão a A proposta da dimensão Eu e o Mundo é promo‑ ver o desenvolvimento de hábitos e atitudes que favoreçam o aprendizado e que sejam relevantes para o desenvolvimento intelectual e acadêmico dos jovens, permitindo a exploração e o esclarecimento de assuntos como trabalho, pro‑ fissões, vocações. Pretende-se, assim, que eles comecem a estabelecer conexões entre a maneira de enfrentar seus estudos, e suas responsabili‑ dades e as projeções que essas tarefas têm com relação ao próprio projeto de vida.
Dimensões do Projeto de Vida
O Projeto de Vida é uma ferramenta. Trata‑se principalmente de uma técnica que, de maneira geral, é muito útil para ajudar os jovens a enfrentar a vida com maturidade. O fato de parar, pensar e escrever seu próprio projeto tem grande valor como instrumento capaz de clarear ideias, uma vez que os ajuda a se conhecer melhor e a definir suas expectativas com relação à vida, levando em conta suas vivências, suas forças e suas experiências. Assim, abre‑se para eles e elas um horizonte de responsabilidade que inclui estabelecer, a partir do autoconhecimento, metas de curto, médio e longo prazos. A proposta da Educa é ser um caminho possível, por isso está estruturado em três livros, um para cada ano do Ensino Médio; cada livro contém 3 unidades que, por sua vez, contêm 3 capítulos. As três unidades presentes em cada livro do Ensino Médio, discorrem sobre as três dimensões do Projeto de Vida: Eu Por Mim Mesmo, Eu e o Outro e Eu e o Mundo.
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Capítulo 1
COMO ME VEJO
O caminho para se encontrar consigo mesmo é uma das aventuras mais emocionantes e incríveis que se pode fazer. Para começar, é interessante pensar nas representações que fazemos de nós mesmos, ou seja, em como nos apresentamos. Objetivos
Favorecer a percepção e apreciação de si mesmo.
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2. Promover a criação de narrativas para a própria história, com a experimentação de linguagens artísticas e literárias.
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ATIVIDADE Observe estas selfies. O que elas dizem sobre quem as produziu? O que os autores dessas fotos quiseram mostrar sobre si mesmos? Escreva sua resposta no espaço reservado em cada imagem.
HISTÓRIAS PARA DIVERTIR, PARA CURTIR, PARA SE ORGANIZAR
Antes de partir para uma atividade de aná- lise, é importante retomarmos alguns conceitos com os quais você já deve ter se deparado no de- correr na sua vida escolar. Narrativas, como você já deve ter ouvido nas aulas de língua portugue- sa e literatura, são formas de contar histórias. E quando contamos um episódio que nos aconteceu, compartilhamos com os outros não só um aconte- cimento, mas também a nossa versão dele. Sendo assim, podemos dizer que tanto as histórias reais quanto as fictícias inundam nosso cotidiano.
As histórias são textos, e os textos — para além de um emaranhado de palavras — são multimodais: pense nas histórias em quadrinhos, nos filmes e nas séries que já viu. Os diálogos, as palavras, o cenário, as expressões faciais e corporais, o ambiente... A trama narrativa é composta por um narrador, por personagens, pela ideia do espaço- -tempo, e as fotografias, muitas vezes abordadas como uma linguagem complementar ou ilus- trativa, também constituem narrativas. O que o fotógrafo faz ao produzir uma fotografia é contar um episódio da vida por meio de uma imagem, assim como o escritor, mas este o faz usando as palavras. O fotógrafo, em vez de escolher as palavras, escolhe a luz, o enquadramento, as cores, o cenário, os filtros… E, tal como as histórias escritas, a fotografia é polissêmica, ou seja, repleta de sentidos e passível de inúmeras interpretações, dependendo da história, do contexto e do ho- rizonte enunciativo de quem vê e lê. Observe, por exemplo, as fotografias desta página. Que sensações elas provocam em você? Que narrativas estão sendo contadas? Que sentidos podem ser completados pelo observador? Será que todos têm as mesmas percepções?
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MINHAS SELFIES
Cole aqui seus post-its
Providencie a impressão de uma ou duas selfies que você tenha postado em alguma rede social e anote a data e a rede em que ela foi publicada. Escreva, nos espaços a seguir, o que você vê nessa selfie e qual foi sua ideia ao publicá-la. Depois, guarde essas anotações para posteriormente colar ao lado da foto.
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PAUSA PARA PENSAR
1. As percepções dos colegas sobre a selfie que publicou correspondem ao que você imaginava? 2. E a sua percepção sobre as selfies dos colegas? Assemelham-se às percepções dos demais colegas? 3. Por que vocês acham que há diferenças entre o que queremos mostrar ao publicar e a percepção do outro?
• Reúna-se em equipes de cinco ou seis colegas. Repasse a foto para que eles, e peça que, numa folha à parte, escrevam frases curtas, palavras, expressões ou comentários. O que a foto sugere? Que sensações despertam? Que emoções afloram? •Cada integrante de uma equipe de 6 estudantes vai escrever 6 comentários, incluindo comentários sobre a própria foto. • Detalhe importante: o seu comentário sobre a sua selfie não pode ser lido por quem vai analisá-la, para não influenciar os colegas. Portanto, guarde-o para poder comparar depois. • A ideia é colaborar para que todos tenham o seu próprio mosaico de percepções; então, sejam honestos, porém respeitosos(as), e exercitem a empatia e o cuidado com o outro ao fazer comentários. • Se possível, estabeleçam um tamanho e recortem papéis para que todos escrevam mais ou menos no mesmo espaço — uma ideia é usar post-its coloridos. • Em seguida, colem os comentários na página a seguir.
Construir a identidade é um processo contínuo, que se dá ao longo de toda a vida. Por isso, é importante termos em mente que construímos nosso jeito de ser e viver com o nosso olhar, mas também com o olhar do outro.
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Capítulo 2
MINHAS RAÍZES
Somos sujeitos históricos, constituídos de histórias de todas as dimensões em que vivemos e fomos criados: nossa família, a escola onde estudamos, o círculo de amigos, os vizinhos. Objetivos 1. Entender a si mesmo como um individíduo constituído de histórias. 2. Identificar e compreender transformações e processos sociais, históricos e culturais a partir de suas experiências pessoais e também das experiências de colegas da classe. 3. Relacionar trajetórias pessoais às situações de seu entorno, compreendendo o próprio papel de agentes sociais e históricos. 4. Identificar componentes singulares e individuais, comuns e coletivos nas trajetórias pessoais. 5. Elaborar uma árvore genealógica para organizar informações sobre a própria história.
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HISTÓRIAS ME CONSTITUEM
O Museu da Pessoa trabalha para fazer das histórias de vida um antídoto contra a intolerância. Registra, preserva e compartilha histórias de vida e, por meio de sua tecnologia social de memória, fomenta, capacita e engaja pessoas e grupos. Atecnologia social de memória do Museu da Pessoa reúne práticas, conceitos e princípios para fomentar o registro, a preservação e a disseminação de memória de famílias, grupos, organizações e comunidades. […] Disponível em: https://museudapessoa.org/sobre/o-que-e/. Acesso em: 2 dez. 2021.
Já pensou na quantidade de histórias que permeiam sua vida? Todos nós carregamos histórias e relatos que nos mar- caram de alguma forma: acon- tecimentos felizes, engraçados, tristes e mesmo trágicos. Essa coleção de eventos — reais e fic- cionais — faz parte de nossa vida e nos constitui de alguma forma.
O Museu da Pessoa propõe, orienta e participa de inúmeros projetos de narrativas. Um deles é o “Todo lugar tem uma história pra contar — Memórias de Fercal”, cidade da região metropolitana de Brasília, no Distrito Federal. Nas páginas a seguir, apresentamos uma das histórias que compõe o projeto.
REFLEXÃO
Tereza Ferreira da Silva: O meu sonho era ser o que eu sou hoje Nasci em Natividade (antes era Goiás, agora é Tocantins) no dia 15 de outubro de 1951. Meu pai e a minha mãe eram baianos; eles já são falecidos. Na Bahia, a vida era muito difícil. Eles vieram para Goiás, na época, para tocar a vida. Aí, chegaram em Natividade, já tinham um filho, meu irmão mais velho, e, em seguida, eu nasci. Passamos seis anos em Natividade, depois fomos para Porto Nacional. A lembrança que eu tenho do meu pai é de uma pessoa muito rígida pela vida que ele levou. Da minha mãe eu tenho muita lembrança. Minha mãe foi muito sofrida, teve um casamento muito ruim, tanto é que a minha decisão de não casar foi por ter acompanhado essa vida que a minha mãe tinha. E aí eu saí de casa muito cedo, justamente para não conviver com essa situação que ela vivia. Toda vida fui muito decidida, meio compenetrada… Eu tô calada, mas eu tô pensando o que eu quero da minha vida, e foi assim que eu segui a vida inteira. […]
• Que história do mundo da ficção — filme, animação, obra literária, história em quadrinhos, série, telenovela — lhe marcou de alguma maneira? • Que história do mundo real — notícia, relato de alguém próximo, algo que aconteceu com você ou com alguém próximo – lhe marcou de alguma maneira?
Eu cheguei em Brasília em 1971 com um malotinho, daqueles malotinhos duros. Não conhecia Brasília, mas eu vim assim, determinada. […] Eu conheci o pai do meu filho na casa de uma amiga. Ele morava lá no Plano e trabalhava aqui na fábrica, logo no início. E foi assim que a gente se conheceu e também foi um dos motivos de eu vir morar aqui na Fercal, porque, quando eu saí da livraria, fui trabalhar numa empresa de material de construção que era de propriedade do dono da Mundo das Tintas, e isso aqui era tudo dele, essa área. Eu trabalhei cinco anos e meio lá e, quando saí, falei para ele [meu chefe]: “Seu Vicente, eu não quero dinheiro, eu quero um pedaço de terra lá na Fercal, porque lá parece muito com Natividade, a cidade que eu nasci”. E ele falou: “Então tá bom, pede ao Gerson para medir”. Aí ele mediu. Mediu 800 metros, e ele: “Não, mede 3 mil metros lá para ela, que ela foi uma boa
O Museu da Pessoa é um museu virtual e colaborativo que tem como objetivo registrar e preservar memórias e histórias de vida. Há biografias de brasileiros eminentes, como escritores e pesquisadores, mas também há muitas histórias de pessoas não conhecidas, comuns, que se dispõem a relatar episódios de suas vidas. Leia, a seguir, informações do próprio museu: O Museu da Pessoa é um museu virtual e colaborativo de histórias de vida aberto à participação de toda pessoa. Aqui, você pode contar sua história, organizar suas próprias coleções e conhecer histórias de pessoas de todas as idades, raças, credos e profissões do Brasil. Fundado em 1991, o Museu da Pessoa acredita que contar, escutar, conhecer e preservar histórias de vida pode mudar seu jeito de ver o mundo […] No Museu da Pessoa, toda pessoa pode se tornar acervo, curador e visitante.
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funcionária”. Então essa área aqui tudo era de minha propriedade. Eu fiz essa vila, fui vendendo, são todos vizinhos muito bons. Eu vim pra cá, construí um barraquinho bem ruinzinho, mas era meu. Assim que eu vim pra cá, eu comecei a trabalhar pela comunidade. Eu entrei no GDF (Governo do Distrito Federal) trabalhando na Proflora, uma empresa de economia mista de reflorestamento aqui de Brasília. Eu era chefe de turma. Depois, quando Roriz chegou em Brasília, na época a gente discutia, discutia, e não conseguia êxito, e quando ele chegou, foi o primeiro fechamento de pista aqui na Fercal. Na mesma semana, nós tivemos o fechamento na frente do Buriti, que me colocaram presidente da Associação dos Servidores da Proflora. A gente começou a fazer esse movimento em cima dele. Fechamos aqui numa segunda-feira, deu Jornal Nacional, deu Fantástico, e lá foi numa sexta-feira. Quando a gente fechou aqui, ele pediu para vir na Fercal. Nós reivindicávamos tudo, porque nós não tínhamos nada: água, luz, telefone, segurança, escola boa… Isso na segunda-feira à tarde, que o fechamento foi de manhã. Quando foi terça-feira já estavam aí, poste chegando, perfuração de poço artesiano, porque o povo bebia água do córrego. E a gente nessa corrida toda… logo veio telefone, veio um monte de coisa. […]
Eu tive o privilégio de ser “a Tereza da Fercal” por conta de toda essa luta, mas eu sou essa mulher dona de casa, tranquila, amiga, que gosta de rir. Eu sou avó, minha neta é minha companheira, e é isso, a vida com a família… Então, a vida é boa demais, eu não canso de dizer, tudo eu devo à luta pela Fercal. Hoje, sou uma mulher aposentada, mas eu acho que a vida não encerrou só porque aposentei, não. Eu ainda tenho muita coisa pra fazer e, enquanto eu tiver vida, eu vou fazer. Tudo o que eu vivi na vida foi fruto de um sonho. Quando eu era menininha lá, aquela menina que brincava montada em cima dos bodes que via aqueles aviões, só a fumacinha passar, eu dizia: “Um dia eu vou andar num avião daquele”. E quando eu fui para o hotel, que a gente recebia muita gente de delegação de avião e tal, eu dizia: “Eu vou ser uma dessas pessoas, um dia”. Nesse hotel ficava muita gente do Projeto Rondon, que eu via aquele trabalho que eles faziam com as pessoas das periferias das cidades, eu dizia: “Um dia eu quero ser igual a eles, eu quero fazer o que eles fazem”. E foi assim, eu tenho um sonho e não vou sair dele, então eu não fui fissurada por causa desse sonho, eu conquistei ele, assim, devagar, mas não tão lento, porque a vida é passageira. Disponível em: <https://museudapessoa.org/ wp-content/uploads/2021/06/Livro-MP-FERCAL- MIOLO-rev.pdf>. Acesso em 4/dez/2021.
O MUNDO EM HISTÓRIAS No panorama atual, é comum que as pessoas se encontrem imersas e aturdidas diante de tudo: as rápidas transformações tecnológicas, o excesso de informações, as pressões sociais, o consumo… A sensação é a de que, muitas vezes, estamos sendo levados pelos acontecimentos do cotidiano. E aí se mergulha em afazeres, se resolvem as cobranças mais urgentes, e a diversão acontece quase que por obrigação. Diante disso, refletir sobre si e sobre a própria relação com o mundo, apesar de ser uma ação fundamental, acaba se tornando um luxo. Mas isso é importante porque pensar e ponderar sobre a própria história e sobre a relação dela com o mundo mais próximo faz refletir sobre questões muito básicas, como identidade, senso de pertencimento e, especialmente, sobre responsabilidades.
Em grupo, converse com seus colegas sobre o texto de Tereza Ferreira da Silva, retirado do Museu da Pessoa: 1. Primeiro, localize as informações básicas. a. Sobre quem se fala? b. Quem fala sobre essa pessoa? c. Onde se passa boa parte do relato? 2. Você compreendeu os episódios relatados? Converse com o (a) professor(a) sobre alguns trechos. O que esses trechos dizem sobre a cultura e os costumes da época e do lugar? a. “Aí ele mediu. Mediu 800 metros, e ele: Não, mede 3 mil metros lá para ela, que ela foi uma boa funcionária.” b. Depois, quando Roriz chegou em Brasília, na época a gente discutia, discutia, e não conseguia êxito, e quando ele chegou, foi o primeiro fechamento de pista aqui na Fercal. 3. Apesar de a história ser autobiográfica, contada pela própria narradora, é possível ver que há componentes individuais e componentes coletivos nela. a. Que episódios da vida pessoal ela narra? b. Que relatos envolvem mais gente e que, provavelmente, também estão na memória de outras pessoas? 4. De que maneira a trajetória pessoal de Tereza se entrelaça com a história de seu entorno?
Para ver este e outros textos do Museu da Pessoa, acesse o QR-Code a seguir:
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O OUTRO,MEU ESPELHO Capítulo 4
Como será que sou visto pelos colegas que me cercam? Como os vejo? Será que faço pré-julgamentos ou me mantenho aberto a conhecer pessoas diferentes, suas opiniões, suas escolhas e seus jeitos? Objetivos
Compreender a importância de re(conhecer) o outro.
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2. Reconhecer-se como protagonista de uma complexa teia de construção social, escolar, comunitária. 3. Valorizar a empatia e as decisões tomadas a partir do reconhecimento de emoções e sentimentos no outro.
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EMPATIA A empatia é a habilidade de entender as necessidades, os sentimentos e os problemas dos demais, colocando-se em seu lugar e, dessa maneira, respondendo corretamente às suas reações emocionais. A competência emocional da empatia se alcança quando combinamos a escuta ativa, a compreensão e a assertividade. Quem é empático, desenvolve a capacidade intelectual de vivenciar a maneira como outra pessoa se sente, o que facilita a compreensão do porquê de seu comportamento e lhe permite manter um diálogo com o outro numa interação positiva para ambos, respeitando o que cada um pensa e sente, e buscando acordos de mútuo benefício. Por isso, as pessoas empáticas costumam ter mais êxito social, já que a empatia facilita as relações interpessoais, a negociação, a capacidade de persuadir e o desenvolvimento do carisma. Empatia, enfim, em uma definição geral, é a habilidade de se colocar no lugar de outra pessoa, compreender as necessidades e os sentimentos dela, e ser capaz de agir e buscar soluções e acordos que beneficiem ambos, contribuindo, assim, para um convívio acolhedor e harmonioso.
DECISÕES EMPÁTICAS Como você já viu, empatia é o principal fator da responsabilidade coletiva. A proposta é que vocês reflitam sobre a empatia num exercício de suposições. Algumas situações hipotéticas, porém verossímeis, serão apresentadas, e você deverá pensar em soluções empáticas para cada uma delas. A dinâmica da atividade será a seguinte: 1. A primeira parte da atividade é individual. Leia cada uma das situações a seguir e escreva uma possível solução para o caso. Responda à pergunta que é feita em cada situação- -problema. 2. Depois, reúna com sua equipe (máximo de cinco integrantes) e apresente a sua solução para os colegas, com os argumentos que justificam a sua escolha. 3. Cabe a todos da equipe conversar sobre as decisões, soluções e escolhas de cada integrante, e debater os argumentos. 4. Depois, considerem todas as respostas ouvidas e reflitam: algum argumento usado pelos colegas muda as suas decisões? 5. Por fim, depois de pensar nas vantagens, desvantagens, alternativas e consequências atreladas a cada decisão, escrevam a decisão final do grupo para cada situação. E, se for o caso, uma ou outra alternativa também.
As situações-problema são apresentadas nas páginas seguintes.
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PAUSA PARA PENSAR
Faça uma reflexão com os colegas sobre as seguintes perguntas: 1. Como vimos, empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro. Quem é esse outro? 2. Como, quando e onde acontecem as interações com esse “outro”? 3. Quem faz parte do nosso dia a dia, de nossa vida?
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Situação-problema 2
ATIVIDADE
Situação-problema 1
Sua família tem um grupo num aplicativo de mensagens — avós, tios e tias, primos, seus pais. Estão todos lá e sempre mandam mensagens — é uma forma de manter contato com a família estendida. Ultimamente, no entanto, há um assunto gerando discussões: um link para uma suposta promoção que dá prêmio em dinheiro. Todos postam e replicam vídeos, notícias, reportagens... de tudo, todos os dias. Como você está meio cansado dos avisos de mensagens, acabou até silenciando o grupo. No entanto, sua mãe vem lhe contar uma história bem esdrúxula que expõe informações pessoais dela. Trata-se dessa tal promoção que dá um retorno em dinheiro, mas que exige que a pessoa informe não apenas os dados bancários, mas também dados pessoais, como CPF, e também que informe um número de cartão de crédito. Você a avisa que isso é um absurdo, mas ela lhe conta que o link foi passado no grupo da família por um tio que lhe é muito querido. Você vai verificar as mensagens no grupo e encontra a tal fake news . E pior: parece que vários familiares já aceitaram a mensagem como “verdadeira” e podem até estar repassando o link. Pergunta: o que você faz? Alerta ou não o grupo da família que a mensagem é uma fake news ? Como fazer isso sem se indispor com o tio querido? Que tipo de fontes você buscaria para embasar seus argumentos?
Você está tendo dificuldades em uma matéria específica, uma vez que não entende os conteúdos que estão sendo passados e, para aumentar o problema, não simpatizou com o professor. A turma, em geral, também não está indo muito bem na matéria, e, talvez por conta disso, as notas de todos têm sido baixas. O referido professor também parece se incomodar com a turma e com as péssimas notas de todos, e envia diariamente muitos exercícios que, infelizmente, poucos conseguem fazer. Ele considera que essa é a melhor estratégia para todos aprenderem. Você e seus colegas não pensam assim, mas não sabem bem o que fazer. Pergunta: o que dizer ao professor? O que dizer à sua turma? Como resolver esse problema e evitar provas de recuperação e a possibilidade de reprovação?
Conclusão da equipe
Conclusão da equipe
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6. Reflita sobre tudo o que ouviu até aqui a seu respeito. Não só sobre o que seus colegas recentemente disseram, mas também sobre o que já ouviu de seus pais, familiares, companheiros e amigos em outras ocasiões. Reflita também sobre o que sabe de si mesmo e escreva um parágrafo sobre isso. A seguir, há um modelo de parágrafo, com inícios de frases para que você as continue. No entanto, você pode usar outras possibilidades — o importante é que registre como um talento ou habilidade especial pode desencadear um plano para seu futuro. ( coloque uma qualidade sua )… é uma característica minha, um talento, uma aptidão, algo especial. Por isso, vou contribuir para o mundo… ( escreva como vai fazer isso ) ...
AUTOAVALIAÇÃO: EU E O QUE SEI DE MIM
1. Releia o que os colegas identificaram em você como aptidão natural ou habilidade. Reflita sobre o que ouviu e anote a seguir suas concordâncias e divergências.
2. Essas aptidões naturais e habilidades têm a ver com suas paixões e seus interesses? Explique.
Estou confiante de que meus planos vão dar certo porque…
Acredito que outras pessoas precisam de mim quando/porque…
3. Pense a respeito do que descobriu sobre si mesmo. Essas descobertas podem influenciar suas próximas escolhas? Por quê? Como?
4. Essas descobertas influenciam seu caminho em direção ao que já pensou para o futuro? Explique.
5. Você se considera capaz de acolher empaticamente diferentes pontos de vista e jeitos de ser? Comente.
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O MUNDO DO OUTRO MERECE CUIDADO Capítulo 5 Fazemos parte de uma grande teia global, e todas as regiões do planeta demandam respostas para desafios sociais comuns: sustentabilidade, pobreza, saúde, educação, igualdade. A proposta deste capítulo é voltar o olhar para o mundo do outro a partir dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU. Objetivos 1. Fomentar e inspirar o desenvolvimento e execução de um projeto social. 2. Conhecer os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. 3. Fomentar habilidades de inovação, solução de problemas, pensamentos crítico e criativo. 4. Promover princípios como a disciplina, a empatia, o alcance de objetivos, o tra- balho em equipe e a construção de uma experiência de valor social. 5. Identificar oportunidades de projetos sociais presentes no território e a possibi- lidade de se envolver com eles.
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PROJETO COLETIVO E SOCIAL
Os requisitos são:
Você já deve ter percebido que os jovens estão protagonizando inúmeros projetos e ações sociais em busca de uma sociedade global mais sustentável. Assim, a proposta é que vocês sigam investigando os lugares que ocupam e dos quais vocês fazem parte para pensar, juntos, em projetos que possam garantir mais qualidade de vida e igualdade para todos. O principal objetivo de um projeto social é o de transformar uma realidade, uma ação solidária encaminhada no sentido de melhorar a sociedade, e a elaboração deste implica o planejamento de diferentes fases: Planejar : para fazer um bom planejamento, primeiro é preciso detectar a necessidade a que queremos dar uma solução, ou seja, definir o objetivo do projeto. Definir o alcance : nesta etapa, é preciso entender aonde se quer chegar com o projeto social. As metas devem ser bem claras, concisas e possíveis, pois, do contrário, corremos o risco de desanimar se nos dispusermos a objetivos inalcançáveis. Elaborar um plano de ação : neste plano de ação, detalharemos todas as tarefas e os impactos que queremos alcançar. O plano também permitirá atrair doadores e voluntários. Difundir : a internet e as redes sociais podem ser grandes aliadas de um projeto social. É importante criar postagens em redes e até mesmo uma página da internet. É essencial selecionar de maneira adequada a rede social que vamos usar e adaptar as postagens a ela e ao objetivo do projeto. Fazer um orçamento : é importante ter clareza de quanto dinheiro se necessita para um projeto como esse. A ideia é poder apresentar a diferentes empresas, instituições e fundações (públicas e privadas) para as quais se vai solicitar ajuda. A proposta é que vocês, em equipes de 4 ou 5 alunos, pensem e elaborem um projeto social que venha a impactar o espaço onde vivem.
1. O projeto deve estar vinculado a uma necessidade real do espaço onde vivem. Por isso, é preciso que vocês pesquisem, observem e percorram o lugar onde moram para detectar o que pode ser feito para melhorar as condições de vida desse lugar. 2. O projeto deve estar vinculado a pelo menos dois objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU. 3. É preciso escrever uma justificativa para esse projeto, relatando especificamente qual a relevância social, ambiental, cultural ou política para esse projeto. E aí? Será que é possível colocar esse projeto social em prática? Animam-se a fazer isso? De repente, vocês podem publicá-lo no portal da Transforma Brasil e recrutar mais voluntários da região. Não seria incrível?
PARA CONVERSAR
1. Compartilhem com todos da turma os aprendizados que tiveram ao longo do trabalho de desenvolvimento de um projeto social. 2. O que aprenderam sobre cidadania? 3. O que aprenderam sobre o papel dos jovens na comunidade da qual fazem parte?
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UNIDADE 2 -OS OUTROS QUE ME RODEIAM
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CAMINHOS A PERCORRER Capítulo 7 Neste capítulo, discutiremos sobre o que sabemos fazer, o que gostamos de fazer, também e como isso pode nortear nossa escolha profissional — ou nos orientar sobre como podemos identificar aquilo que gostaríamos de seguir como carreira. Também veremos como estamos com relação a uma das provas mais comuns na trajetória estudantil brasileira, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Por fim, refletiremos sobre o que já fizemos na nossa caminhada, tanto para nós quanto para a sociedade ao nosso redor Objetivos • Entender o que sabemos fazer e o que gostamos de fazer. • Perceber como é importante termos clareza sobre nosso aprendizado. • Verificar como está nosso conhecimento com relação às áreas de conhecimento exigidas no exame do Enem. • Refletir sobre nossa história, especialmente sobre o que já fizemos para nós e para as pessoas ao nosso redor.
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Numa roda de conversa, muitos assuntos podem vir à tona e, com eles, muitos comentários e muitas opini- ões a respeito. Mas você conhece pessoas que se acham peritas em tudo quando, na verdade, não são? O que ocor- re é que elas podem estar vivenciando o efeito Dunning- -Kruger! Esse fenômeno comportamental foi descrito pe- los psicólogos David Dunning e Justin Kruger, e identifica pessoas que acreditam terem um preparo maior que ou- tras para opinar e lidar com qualquer assunto. Geralmen- te, pessoas portadoras dessa síndrome tendem a fazer escolhas ruins influenciadas por uma atitude arrogante. Uma informação curiosa sobre o estudo do efeito Dunning-Kruger apontou que, quanto maior a incompe- tência de alguém, menos a pessoa tem consciência disso. Segundo os autores do estudo, uma das principais manei- ras de lidar com isso é por meio da educação e de testes de conhecimentos que ajudem o indivíduo a desenvolver uma melhor percepção e, consequentemente, uma mu- dança comportamental sobre si mesmo. Na imagem a seguir, você verá um exemplo do que acontece com a pessoa que é afetada pelo efeito Dunning- -Kruger.
A ROTA DE APRENDIZADO Quem são as pessoas que você mais acredita serem inteligentes atualmente? Escolha duas delas e pesquise sobre o que fizeram para obter o conhecimento que têm hoje. Se forem pessoas que já morreram, pesquise sobre suas vidas e como alcançaram esse patamar de inteligência. Anote as informações mais relevantes no quadro a seguir. Para isso, considere os seguintes pontos: • Quanto tempo levou para que essas pessoas fossem consideradas inteligentes? • Quais foram as principais habilidades que elas desenvolveram ao longo da vida? • Foi possível identificar momentos da vida delas que culminou com os pontos-chave do gráfico do efeito Dunning-Kruger? • Como o contato mais próximo com a vida dessas pessoas te inspira a continuar trilhando sua jornada de autoconhecimento?
O EFEITO DUNNING KRUGER E A LINHA DE APRENDIZADO
Linha de Aprendizado
Escalada da Iluminação
Muito
Pico da Estupidez
Subida da Experiência
Descida do Aprendizado
Vale do Desespero
Pouco
Pouco
Muito
O que você realmente sabe
A partir dessas informações, reúna-se em dupla e, juntos, reflitam sobre quais pontos desse gráfico mais chamou a atenção de vocês e por quê. Em seguida, compartilhem com a sala suas percepções.
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UNIDADE 3 - EU NO MUNDO
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A SÍNDROME DO IMPOSTOR E O RECONHECIMENTO DOS NOSSOS TALENTOS Uma pesquisa da Universidade Dominicana da Califórnia apontou que aproximadamente 70% das pessoas se sentem uma fraude no ambiente de trabalho pelo menos uma vez na vida. E essa sín- drome não acontece apenas com pessoas “comuns”, mas também com grandes artistas e pessoas famo- sas que conquistaram feitos memoráveis em suas vidas. Em linhas gerais, a síndrome do impostor é uma desordem de autopercepção que ocorre quan- do a pessoa apresenta uma tendência à autossabo- tagem. Ela acredita que é incapaz de realizar algo e que sua vida é uma fraude, então, isso envolve senti- mentos de baixa autoestima e insegurança. Portanto, identificar se você passa por uma situação dessa é de grande relevância, principalmente durante a construção do seu projeto de vida.
PAUSA PARA PENSAR
Com as respostas da atividade dos 4 post-its em mãos e o conhecimento que você obteve sobre o efeito Dunning-Kruger, pense sobre as questões a seguir: • Quais habilidades você acredita ter, mas que não foram notadas pelo seu trio? • Em que pontos do gráfico Dunning-Kruger você se encontra em relação a sua principal habilidade? • Como você se vê chegando ao platô de sabedoria com a sua principal habilidade?
PAUSA PARA PENSAR
• Você já se perguntou se realmente era capaz de realizar algo? • Considerando o que foi apontado na atividade que realizou nos post-its , no início desta unidade, descrevendo suas habilidades e a dos colegas, o que você acha que as pessoas pensam sobre suas habilidades? • Em algum momento você teve medo de que alguém pudesse descobrir que, na verdade, era uma fraude? O que você sentiu ao pensar sobre isso?
Para saber mais sobre a Síndrome do impostor, acesse os QR-Codes a seguir:
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UNIDADE 3 - EU NO MUNDO
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UNIDADE 3 - EU NO MUNDO
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ATIVIDADE
Com base na atividade dos post-its de experiências e habilidades, forme uma dupla e escolha uma das 6 áreas disponíveis para conversarem a respeito. Conte para sua dupla como você se sente realizado(a) naquela atividade e qual habilidade reconhece que está sendo usada. A outra pessoa deve escutar com atenção e reconhecer seu esforço e sua
dedicação. Para isso, procure utilizar uma das afirmações abaixo: • Que demais! Você realmente parece ter se dedicado a isso.
• Uau! Adorei conhecer essa sua história, me fala mais sobre a sua habilidade. • Essa experiência realmente é incrível. Como você aprendeu a realizar isso? • Parabéns! Você tem uma habilidade muito especial, gostaria de saber em que outras áreas da sua vida ela te ajuda. Agora, invertam as posições. Chegou a sua hora de ouvir e, depois, reforçar positivamente a história de sua dupla.
Compartilhar suas vitórias é importante e saudável, desde que você também empregue nisso a temperança e humildade para saber que não é melhor (e nem pior!) que ninguém.
Ninguém é perfeito, mas todo mundo pode se desenvolver e, eventualmente, cometer alguns erros ao longo do caminho.
Falaremos mais sobre isso em outro momento
O mais importante é saber que você tem algo que pode ajudar o mundo a ser um lugar melhor.
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UNIDADE 3 - EU NO MUNDO
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Capítulo 1
E EU, QUEM SOU? É muito provável que você já tenha se deparado com esse questionamento, ao qual temos o hábito de responder de forma sucinta, simples e objetiva. Dificilmente respondemos a questões como essa olhando realmente para dentro de nós e fazendo uma análise profunda de quem somos, pois muitos de nós não têm esse costume ou, às vezes, não se conhece por completo. Você já parou para pensar em quem realmente é? Já respondeu a essa pergunta olhando para dentro de si mesmo(a) e analisando seus pontos positivos, seus pontos a melhorar e reconhecendo quem você realmente é? Neste capítulo, convidamos você a aprender a se ver de uma forma diferente e descobrir quem realmente é, bem como a analisar profundamente o seu interior. Isso é importante porque fazer essa descoberta pode mudar tudo a sua volta! Então, aceite esse convite de conhecer a si mesmo. Objetivos
1. Promover um olhar para o eu que identifique e valorize as particularidades.
Refletir sobre marcos na trajetória de vida.
2.
3. Resgatar memórias para conectar com a sua história passada e ajudar na construção da história futura. 4. Incentivar uma reflexão sobre as máscaras sociais e sobre uma percepção da realidade em comparação com aparência.
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