Nº 51 - Revista Economistas - Março

Isso só enriquece minha percepção pessoal de que a representatividade importa, sendo esta uma responsabilidade que abraço com orgulho, pois além de me proporcionar oportunidades de catalisar mudanças estruturais, permite que eu tenha uma voz ativa na construção de políticas econômicas e incentive outras mulheres por meio da minha história pessoal. À medida que as mulheres enfrentam os desafios que lhes são impostos, são também arquitetas do futuro, moldando a nossa profissão de economista, tornando-a verdadeiramente diversificada, inclusiva e, acima de tudo, igualitária. Para as colegas jovens economistas, diria que a experiência não é apenas um número; é uma fonte inestimável de sabedoria e discernimento. Compreender a interconexão entre a história, a economia e a cultura é uma vantagem única que os anos proporcionam. Incentivo todos a valorizar a riqueza que a diversidade de experiência pode trazer para qualquer profissão. Nossa luta por equidade e inclusão continua. É uma luta extensa, árdua e única, mas as conquistas se tornam ainda mais honrosas, significativas e belas quando compartilhadas por todas e todos, mulheres e homens. A cada dia, vejo um horizonte mais promissor para as futuras gerações. Minha experiência não é apenas pessoal; é uma contribuição para um legado que, espero, inspire e pavimente caminhos para outras que virão. A jornada está longe de terminar e me mantenho comprometida em ser uma voz ativa na busca por uma construção de um futuro mais justo e diversificado, principalmente em nossa profissão de economista.

comprometidos com a diversidade e a equidade de gênero e racial, por meio de suas Comissões Temáticas e Fóruns de Discussão e Ação, instituindo, em especial, a Comissão da Mulher Economista e a Comissão de Promoção da Equidade Racial, nas quais contribuo como membro e conselheira suplente. É bastante animador ver, além dos debates nas grandes empresas do país, que políticas públicas estão sendo implementadas em prol de um maior incentivo à diversidade e inclusão tanto na esfera pública quanto privada. O presidente da República, Luíz Inácio Lula da Silva, em seu atual mandato, anunciou políticas com ações específicas para os negros e negras do país, criando o Ministério da Igualdade Racial, alterando o Estatuto da Igualdade Racial e, sobretudo, sancionando a Lei 14.611/2023, que estabelece a igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens, obrigatória em casos de trabalho que tenha igual valor ou no exercício de mesma função.

Economista com MBA em Gestão de Negócios Bancários (FAAP) e Gestão Empresarial (FGV). Cursou Governança Corporativa (IBGC) e Gestão de Riscos e Auditoria em Compliance (FIA Business School). Mais recentemente cursou Introdução à Avaliação de Empresas (FGV OnLine). Tem experiência nas áreas financeira, controladoria e governança corporativa. É consultora financeira independente e conselheira regional (Corecon-SP). Shirley Basilio

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