Nº 51 - Revista Economistas - Março

que se encontram em atividades não remuneradas ou simplesmente fora do mercado de trabalho. O espectro de análise que se abre a partir das contribuições da economia feminista é muito amplo e praticamente abrange todas as áreas de estudo da economia. A partir do questionamento aos pressupostos da economia predominante buscou-se demonstrar

como as economistas feministas desenvolveram uma crítica aos métodos da economia predominante e revelar as imbricações de sexo, classe e raça como constituinte de uma sociedade profundamente desigual. Outra contribuição está relacionada a inclusão do trabalho doméstico não remunerado nos modelos econômicos e nas medidas de políticas públicas.

Referências Bibliográficas

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Economista, com pós-doutorado no Programa de Desenvolvimento Econômico e Social do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas. Pesquisadora na área de relações de trabalho e gênero. Marilane Teixeira

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