Nº 51 - Revista Economistas - Março

às artes, à comunicação e ao cuidado mental e físico, requerendo, portanto, uma outra gama de habilidades e competências (SCHWAB. 2016; WEF, 2023b). Dada a persistência de segregações setoriais, como mencionado, torna-se salutar analisar como se encontra a presença feminina nesse cenário de projeções acerca dos empregos no futuro próximo. A Tabela 1 apresenta as participações feminina e masculina, no Brasil em algumas das ocupações mais e menos propensas à automação segundo Frey e Osborne (2013). Com relação às que apresentam maior chance de substituição, as mulheres respondem por maior parcela dos empregados em três das sete famílias de ocupação analisadas. Contudo, quando se leva em consideração o conjunto das sete ocupações, o sexo feminino representa cerca de 62%, uma vez que as atividades ligadas ao telemarketing e aos serviços administrativos respondem por elevado estoque de mão de obra empregada no país e, nestas ocupações, as mulheres são predominantes. Da mesma forma, com relação às profissões menos propensas à automação, novamente as mulheres apresentam participação predominante em três das sete famílias de ocupação e, à semelhança do que foi anteriormente notado, essas respondem por um total de emprego relativamente elevado, o que faz com que, no conjunto das ocupações analisadas, o sexo feminino se apresente, mais uma vez, como maioria (aproximadamente 63%). Tabela 1: Participação, segundo sexo, nas ocupações mais e menos propensas à automação, Brasil, 2021

Fonte: Rais, MTE. Elaboração da autora.e Congresso Nacional

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