Nº 48 - Regime Fiscal Sustentável

com outras denominações) faz a ligação, a oeste, com Santa Cruz e, a leste, com Bangu, Madureira, Méier e centro do Rio, toda duplicada. Após alcançar Campo Grande em 1959, a Avenida Brasil foi duplicada até Campo Grande e Santa Cruz em 1972. É conectada ao centro de Campo Grande pelas estradas do Mendanha e da Posse, ambas duplicadas. Na década de 2000 a antiga Rio-Santos, que conecta Campo Grande com a Barra da Tijuca e a Zona Sul carioca, foi duplicada e teve aberto o túnel da Grota Funda, recebendo a denominação de Avenida Dom João VI. Recentemente foram duplicadas as estradas do Monteiro e do Mato Alto, que fazem sua ligação com o centro de Campo Grande. Já a BR-465 (antiga Rio-São Paulo) conecta o centro de Campo Grande com a Avenida Brasil, os distritos do Km 32 e de Cabuçu, Seropédica, o Arco Metropolitano (a 30,5 km) e a via Dutra (a 32,0 km), e daí à São Paulo, atravessando o industrializado Vale do Paraíba. É a única via importante ainda não duplicada e há uma grande demanda por sua duplicação. Confirmando uma das características principais de um subcentro, a acessibilidade e infraestrutura de transportes, o terminal rodoviário de Campo Grande é um dos principais do Rio, com 100 milhões de usuários/ ano. São 35 linhas municipais, 16 intermunicipais (Itaguaí, Seropédica, Mangaratiba, Nova Iguaçu, Nilópolis, Duque de Caxias, Niterói, S. Gonçalo, Piraí, Volta Redonda, Barra Mansa, Angra dos Reis, Petrópolis, Nova Friburgo, Cabo Frio e Itaperuna) e uma interestadual (São Paulo),

Portuária

A 29 km do centro de Campo Grande, acessado pela Avenida Brasil e pela Rio-Santos, localiza-se o quarto maior complexo portuário do Brasil, o da baía de Sepetiba, que movimentou 106,5 milhões de toneladas em 2020, superado apenas pelos complexos de Itaqui, Vitória e Santos. Destaque para o Porto Público de Itaguaí (54 milhões t), que conta com o terminal de minérios, o terminal de contêineres (Sepetiba Tecon), o terminal de granéis sólidos da CSN e o terminal de alumínio da Valesul. Anda em Itaguaí, há o Terminal de Uso Privado (TUP) de Porto Sudeste (17,8 milhões t) e o TUP Nuclep (apenas 10 mil t). Ao lado, em Mangaratiba, situa-se o TUP Ilha Guaíba (26,9 milhões t) e em Santa Cruz o TUP Ternium (7,8 milhões t), que atende à CSA. O complexo portuário é servido pelo ramal ferroviário Japeri-Brisamar (pátio no porto de Itaguaí), da MRS Logística, com 33 km, conectado a toda a malha ferroviária do Sudeste, e que indiretamente atende também os distritos industriais. Também é diretamente conectado ao Arco Rodoviário e, por este, à toda a malha rodoviária regional.

Aeroviária

A região de Campo Grande não possui aeroporto civil. Há o Aeroporto Bartolomeu de Gusmão (Base Aérea de Santa Cruz), inaugurada em 1937, com pista de 2.740 metros, que serve apenas à aviação militar. A população local faz uso do Aeroporto do Galeão (a 35 Km) e do Aeroporto de Santos Dumont (a 50 km). Há também outas instalações militares, como o Campo de Provas de Marambaia (1948) e o Campo de Instruções do Gericinó (1930).

Ferroviária

A estação ferroviária de Campo Grande, inaugurada em 1878, está a 42 km do terminal da Central do Brasil. A estação de Bangu está a 32 km e a de Santa Cruz a 55 km. As de Itaguaí (76 km) e de Mangaratiba (103 km) estão desativadas. Mais movimentada delas, a estação de Campo Grande, com três plataformas de embarque e desembarque, é o principal meio de deslocamento dos moradores para o centro do Rio de Janeiro. Conecta Campo Grande com sua área de influência, com os principais subcentros suburbanos cariocas (Madureira e Méier) e metropolitanos (Nova Iguaçu e Duque de Caxias).

Considerações finais

Campo Grande e sua região de influência, com seus quase 2 milhões de habitantes, seria hoje o 8º município mais populoso do país, superando capitais como Curitiba, Recife e Goiânia. Seu PIB, estimado em R$ 56 bilhões, seria o 18º maior, superando também os de Recife e Goiânia e o da industrializada São Bernardo do

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| REVISTA ECONOMISTAS | ABRIL A JUNHO DE 2023

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